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O dogma da virgindade perpétua de Maria é correto?

Antes de mais nada vamos nos ater a questão das relações sexuais matrimoniais, se elas ocorreram ou não entre José e Maria depois do nascimento de Jesus. Sobre a concepção de Jesus por geração do Espírito Santo e que Maria não havia conhecido ainda seu marido, José, antes do nascimento do Messias creio que não há qualquer disputa em nenhum ramo do cristianismo. Já em relação a um relacionamento matrimonial normal após isso há uma disputa grande entre a Igreja Católica Apostólica Romana, a igreja ortodoxa e os protestantes. E onde está o ponto de discórdia? Enquanto os católicos e ortodoxos defendem a ideia de que Maria nasceu, viveu, concebeu a Jesus, e morreu absolutamente virgem, os protestantes em todos os ramos afirmam que a virgindade de Maria perdurou até o nascimento de Jesus, e depois disso ela teve uma vida comum com seu esposo, inclusive gerando outros filhos e filhas. Não vamos discorrer com detalhes sobre o histórico da questão, mas podemos ver que o assunto só passou a ser
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Cristão: Esquerda x Direita. Uma falsa questão.

Não é de hoje brotam essas discussões em redes sociais, "um cristão pode ser de esquerda?" "e de direita?" Geralmente são discussões acaloradas nas quais é muito comum sobrarem clichês, interpretações enviesadas de textos bíblicos e infelizmente também sendo comum agressões verbais. Antes de mais nada deixemos claro que na nossa forma de ver não existe Cristão com adjetivo, ou se é Cristão ou não se é. O uso de adjetivos à palavra cristão talvez só faça sentido para designar origem e quiçá grupos por afinidade em pontos doutrinários.  Mas voltemos ao dilema cristão x esquerda ou direita.  Acho que muitas das discussões se perdem por não definirem inicialmente seus conceitos, o que termina por gerar batalhas quixotescas onde o que se combate são meramente espantalhos. Muita energia é disperdiçada debatendo o que não foi dito e o que não foi pensado. Então de uma forma bem simples e direta vamos inicialmente estabelecer o que estamos considerando aqui como cristão, co

A história cantada

Para além de cantatas e encenações, vou sugerir uma forma de adorar, pregar e contar a história de Cristo e de seu papel na obra redentora usando apenas textos bíblicos e hinos do hinário. Mas talvez seja tudo muito simples e comum para o evangelicalismo moderno que requer NOVIDADE. Para esse sugiro começarem ouvindo essa música aqui do VPC Mas voltando a nossa liturgia bem simples, mas bíblica e direta, segue uma relação de músicas que comunicam muito bem a história da redenção Confissão e consciência da necessidade Hino NC 068 - Necessidade Hino NC 266 - Rude Cruz Vitória Hino NC 274 - Morto e Ressureto Gratidão Hino NC 043 - O Deus de Amor Edificação Hino NC 088 - Amor Perene Hino NC 045 · Grande Redenção Esperança e confiança Hino NC 292 - A Vinda do Senhor Vitória em Cristo ( exceção porque a letra do Cantor Cristão é ótima ) Teríamos tantas outras mais nos diversos hinários tradicionais, mas não seriam novidades.

Os Evangelhos - A questão do Jejum (23)

  Leia Mateus 9:14-17; Marcos 2:18-22; Lucas 5:33-39  Temos aqui três textos nos evangelhos sinóticos quase iguais, apenas em Lucas, na terceira metáfora que Jesus utiliza, há um pequeno acréscimo, no mais o texto é quase que repetido integralmente entre eles.  Como dito, Jesus usa algumas analogias para responder a um questionamento sobre a diferença de comportamento entre os religiosos da época, fariseus e até discípulos de João Barista, e os seguidores de Jesus.  A pergunta é bem direta, porque aqueles jejuavam, deviam ser orientados a isso, e os discípulos de Jesus não.  Primeiro vamos tentar entender o sentido do Jejum.  No Antigo Testamento temos muita ênfase na prática do Jejum.  ( Lv 16.29, 32; 23.27-32; Nm 29.7 com Sl 35.13; Is 58.3, 5, 10). As epístolas do Novo Testamento comentam muito pouco a respeito (2 Co 6.5, 11.27; 1 Co 7.5).   Nos evangelhos temos mais menções a respeito do jejum que orienta e auxilia a nossa atitude para com esta prática. O Jejum conforme apresentado

Combater o mal não é berrar

  Esse final de semana me deparei com uma manchete na revista Oeste que me fez parar e pensar a respeito. " Pastor é preso por protestar contra evento infantil com  drag queens" Aparentemente esse pastor pode nos parecer um herói da fé, mas vamos meditar um pouco, e antes que me atirem pedras peço que leiam o texto todo. A questão que me veio a mente foi tentar encontrar um paralelo bíblico para tal ação, até mesmo um relato no antigo e no novo testamentos que embasassem essa atitude. Fui um pouco mais além e tentei buscar como prática da igreja primitiva a ida de crentes aos locais profanos "protestar" contra os cultos a Diana, Dionísio ou qualquer outra do panteão greco-romano, ou mesmo  egípcio. Por óbvio nas Escrituras não encontraremos drag queen, nem temas relacionados aos relacionamentos homo afetivos com tamanha ênfase, tendo em vista que isso não era em si um grande problema, mesmo que tenhamos citações como em Deuteronômio e Atos. Mas o principal aqui não

Os Evangelhos - Mais curas e confrontação (22)

  Leia Mateus 12:1-21; Marcos 2:23 - 3:12; Lucas 6:1-11 Para além das curas e a clara demonstração de autoridade de Cristo temos a partir daqui Jesus confrontando os líderes religiosos em questões importantes para aqueles que tinham os rituais e práticas religiosas bem acima da verdadeira religião que deveria ser O EVANGELHO. Em Mateus 9:12-21 e nos textos correlatos temos a história do homem com a mão ressequida, mas o importante aqui não é exatamente a cura e sim o desafio hipócrita lançado por eles sobre curar num sábado, e a demonstração cabal na fala de Jesus que eles valorizavam as tradições apenas para os outros mas para interesse próprio certamente as violariam facilmente. Na sequência Jesus se retira dali porque aqueles líderes tencionavam matá-lo e não era ainda a hora de cumprimento do calvário, Jesus foi seguido por multidões e continuou curando embora tentasse se manter incógnito no meio das pessoas. Nos versos iniciais do capítulo 12 Jesus já havia sido confrontado pelos

A bobagem do identitarismo

   Eis que as vésperas da Copa do Mundo de Futebol Feminino esse mundo ao invés de mirar nos aspectos técnicos e esportivos volta suas baterias para o universo do identitarismo, da sinalização de virtudes e da lacração.  E não é que a turma partiu de novo para os mesmos discursos de falta de igualdade, sexismo, preconceito entre outros. Chegamos ao ponto de uma jornalista (!?), Mariana Spinelli, da ESPN afirmar que "... se voce não gosta de futebol feminino é porque voce gosta de ver homem ...", e antes tinha dito que ela gosta de futebol feminino porque gosta de "futebol maneiro". Maneiro é uma daquelas palavras que pode significar qualquer coisa ou mesmo nada dependendo de suas preferências. Tem quem ache uma feijoada de Tofu maneira, eu por minha vez curto muito um bacon com charque e paio na feijoada.  Não temos como saber qual conotação ela quis dar na frase sobre preferir ver homens. Eu até curtia aquelas peladas de crianças quando ia ver meus filhos no colégi

Os Evangelhos - Curas - O paralítico de Betesda (21)

  Leia João 5:1-18 Esse evento só é relatado em João e tem alguns aspectos bem diferentes da cura do paralítico comentada no artigo anterior. Primeiramente envolve a visão de algo sobrenatural por parte dos judeus, a tal movimentação das águas supostamente feita por um anjo embora não negada tampouco é confirmada pelas Escrituras. E mesmo sendo uma tradição bastante conhecida não podemos ter como certeza tal ocorrência, mas o que importa mesmo é o que acontece envolvendo Jesus. Primeiramente não vemos aqui nenhuma demonstração de fé em Jesus nem do doente nem dos demais como foi o caso do paralítico e dos amigos que desceram sua cama pelo telhado. Pelo contrário no contato inicial com Jesus vemos é muito desânimo do homem doente. Jesus é quem toma a iniciativa da abordagem e do ato de cura mesmo que o homem não o peça. Isso nos traz a mente a soberania de Deus na Sua própria decisão de exercer misericórdia e cura a quem lhe aprouver. Num segundo momento os fiscais da religiosidade alhe

Racismo no futebol

  Tem sido mais frequentes os casos de racismo ou pelo menos mais noticiados sobretudo ligados ao futebol. O do momento são ações grotescas contra o Vinícius Júnior.   Não há nada a dizer que minimizem a gravidade do comportamento e dos atos cometidos.   Quero apenas abordar um aspecto que considero que não ajuda em nada a combater o problema. Tratar o fenômeno como algo ligado exclusivamente ao futebol e colocar todas as ações no mesmo balaio como se tivessem o mesmo peso.   O mal da intolerância é algo que vem crescendo na sociedade, existem diversas causas, primariamente sempre ligada a degeneração de coração e mente humanas pelo pecado, mas também desde a frustração e inveja de muitos, as causas identitárias, as migrações que têm gerado de uma forma abrupta uma mudança no extrato social etc.   As soluções não são simples, mas certamente não passam pela mania recorrente de tentar punir uma coletividade que não cometeu o erro como se isso fosse atingir os que dentro dela se comportam

Os Evangelhos - Curas - O Paralítico (20)

  Leia Mateus 9:1-8; Marcos 2:1-12; Lucas 5:17-26     Continuando sua estada nos arredores de Cafarnaum, Jesus efetua mais uma cura. Jesus estava rodeado por uma multidão como já havia virado habitual durante seus momentos de ensino.   Ressaltamos novamente que o cerne do ministério de Cristo sempre foi o ensino sobre sua missão redentora, mas os atos miraculosos de cura serviam para autenticação do seu poder e de sua origem divina, bem como demonstravam de forma prática a cura excepcional para o pecado e os males advindos quando sua obra se consumasse.   Vamos tentar destacar alguns aspectos nessa passagem da cura de um paralítico.   O primeiro aspecto que o texto traz é o apoio e determinação dos amigos daquele homem. Certamente levá-lo na sua cama em meio a multidão já não deve ter sido uma tarefa fácil, subi-lo para a cobertura da casa e baixá-lo então foi quase um ato heroico. O ato demonstra a força da fé e confiança daqueles homens no poder de Jesus.   No segundo momento vemos