Leia João 5:1-18
Esse evento só é relatado em João e tem alguns aspectos bem diferentes da cura do paralítico comentada no artigo anterior.
Primeiramente envolve a visão de algo sobrenatural por parte dos judeus, a tal movimentação das águas supostamente feita por um anjo embora não negada tampouco é confirmada pelas Escrituras. E mesmo sendo uma tradição bastante conhecida não podemos ter como certeza tal ocorrência, mas o que importa mesmo é o que acontece envolvendo Jesus.
Primeiramente não vemos aqui nenhuma demonstração de fé em Jesus nem do doente nem dos demais como foi o caso do paralítico e dos amigos que desceram sua cama pelo telhado. Pelo contrário no contato inicial com Jesus vemos é muito desânimo do homem doente. Jesus é quem toma a iniciativa da abordagem e do ato de cura mesmo que o homem não o peça. Isso nos traz a mente a soberania de Deus na Sua própria decisão de exercer misericórdia e cura a quem lhe aprouver.
Num segundo momento os fiscais da religiosidade alheia quando encontram o homem ao invés de ficarem contentes pela melhora dele, preferem criticá-lo por estar carregando a própria cama, se prendendo aos ritos da tradição judaica sobre o sábado, sem se preocuparam com o contexto e com o verdadeiro sentido do Shabbat.
O texto nos remete a uma ligação da enfermidade a um pecado anteriormente cometido, mas temos que ter muito cuidado ao associar doenças a consequência de pecados, em nenhum momento a Bíblia nos dá esse tipo de indicação como regra, embora existam sim algumas citações que remetem a esse contexto.
Por fim mais uma vez essa cura nos traz a demonstração de autoridade e poder de Jesus tanto sobre as enfermidades do corpo como também sobre as enfermidades do espírito causadas pelo pecado em nós. E também que fundamentalmente Jesus é quem tem a iniciativa da busca pelas suas ovelhas e não nós.
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