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Mostrando postagens de junho, 2021

Os Evangelhos – Chamando os discípulos (17)

    Leia Mateus 4: 18- 22; Marcos 1:16- 20; Lucas 5: 1- 11     As três narrativas coincidem no local. Jesus caminhando às margens do Mar da Galiléia, também referido no Novo Testamento pelo nome de mar de Tiberíades ou lago de Genesaré. Na verdade é um grande lago de água doce com seu pontos mais extremos com 19 km de comprimento e 13 km de largura e profundidade máxima de 43 metros. Muito do ministério de Jesus se desenvolveu em torno dessa região. Boa parte da economia e da sobreviv6encia da população local estava ligada ao lago através da pesca, e como era comum no ministério de Jesus ele usou elementos da vida comum e da natureza para demonstrar verdades sobre o Evangelho. O texto de Lucas que é mais detalhado nos diz que Jesus estava tentando se afastar da multidão que o “apertava” então ele subiu num barco que estava às margens cujo os pescadores estavam em terra consertando as redes, é comum pescadores fazerem manutenção em suas redes a cada uso, fech

Os Evangelhos – Um papo tenso e profundo com Nicodemus (12) – Parte 3

    Leia João 3: 1-21   Vamos tratar mais especificamente do verso 13 conforme prometemos. A questão é complexa e não há um consenso geral sobre o assunto, mas na sua maioria os estudiosos apontam para uma problema de tradução, e concluem afirmando que o sentido básico do texto é afirmar a autoridade de Jesus. Em segundo lugar Jesus não poderia sequer ter voltado ao céu porque de lá, como Deus, jamais teria saído. É um mistério talvez de difícil entendimento mas espero que a pesquisa que trouxe abaixo ajude-os.   DA Carson:   Esse versículo, ligado ao versículo precedente por kai (‘e’), provê a explicação para o fato de que Jesus é capaz de falar com autoridade sobre ‘coisas celestiais’. Ele é, com freqüência, mal-entendido, primariamente porque a Palavra pode ser traduzida de mais de uma forma. A NVI é muito esclarecedora aqui: Ninguém jamais subiu ao céu, a não ser (ei mê) aquele que veio do céu — o que soa como se Jesus, ‘aquele que veio do céu’,

Os Evangelhos – Um papo tenso e profundo com Nicodemus (12) – Parte 2

    Leia João 3: 1-21   A segunda parte desse texto que estamos tratando começa com um dos versículos mais conhecidos da Bíblia: “... Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. ”   Muitos insistem em usar esse versículo, isolando-o do restante da Bíblia para firmar a ideia de que Deus enviou Jesus com o propósito de oferecer salvação a toda humanidade sem exceção bastando o condicionante da decisão pessoal de crer. Mas será que é isso mesmo que a Palavra ensina se a olharmos de forma geral? O próprio Jesus no evangelho de João usa expressões que demonstram o contrário. A expressão “ mundo ” tem a conotação no contexto não de todas as pessoas, e sim do universo de pessoas no espaço e tempo, já temos aí uma profecia da inclusão dos gentios na igreja.   Aqueles que “O Pai me dá” não são uma possibilidade mas   uma certeza absoluta, "o que vem a mim" (6

Os Evangelhos – Um papo tenso e profundo com Nicodemus (12) – Parte 1

  Leia João 3: 1-21   João registra muitos discursos, ou sermões, de Jesus, mais do que os demais evangelho, focados na instrução sobre assuntos espirituais relativos a sua missão e sobre o Reino. Este é o primeiro.   Mas antes de entrarmos propriamente na conversa pensemos Quem era Nicodemos? O que sabemos é que foi um fariseu e um dos principais, ou seja membro do Sinédrio [1] . O fato dele ter ido visitar Jesus a noite possivelmente tenha a ver com a vontade de não ser notado.   Apesar do nome Nicodemos [2] ser grego isso não era incomum, nos tempos de Jesus já existia essa mistura de nomes. Ele era mestre em Israel conforme o próprio Jesus alude. Talvez fosse rico [3] , o que era comum entre os membros do sinédrio. Não existem registros confiáveis além desses relatados nos textos bíblicos sobre ele. [4]   Como já mencionado Nicodemos foi visitar Jesus a noite, podemos interpretar isso de duas formas, a primeira por um temor de ser visto mas poder