Pular para o conteúdo principal

Os Evangelhos - Curas - O Paralítico (20)

 



Leia Mateus 9:1-8; Marcos 2:1-12; Lucas 5:17-26 

 

Continuando sua estada nos arredores de Cafarnaum, Jesus efetua mais uma cura. Jesus estava rodeado por uma multidão como já havia virado habitual durante seus momentos de ensino. 


Ressaltamos novamente que o cerne do ministério de Cristo sempre foi o ensino sobre sua missão redentora, mas os atos miraculosos de cura serviam para autenticação do seu poder e de sua origem divina, bem como demonstravam de forma prática a cura excepcional para o pecado e os males advindos quando sua obra se consumasse. 


Vamos tentar destacar alguns aspectos nessa passagem da cura de um paralítico. 


O primeiro aspecto que o texto traz é o apoio e determinação dos amigos daquele homem. Certamente levá-lo na sua cama em meio a multidão já não deve ter sido uma tarefa fácil, subi-lo para a cobertura da casa e baixá-lo então foi quase um ato heroico. O ato demonstra a força da fé e confiança daqueles homens no poder de Jesus. 


No segundo momento vemos exatamente Jesus afirmando e levando em conta exatamente essa fé e confiança. Mas o que mais surpreende é frase usada por Cristo, “... seus pecados estão perdoados ...”  


Com essa afirmação Jesus traz a tona dois aspectos fundamentais: 


Seu poder e autoridade inclusive para conceder a salvação e reconciliação dos homens com o Pai. 

E que o fundamento do Seu ministério é exatamente reconciliar Deus com Sua criação. 

Os judeus acreditavam, corretamente, baseados nas Escrituras que apenas Deus poderia perdoar pecados. (Ex. 34:7; Is. 1:18; Os. 11:8-9), o que eles não compreendiam é que estavam diante de Deus quando olhavam para Jesus. E por isso passam a acusar Jesus de blasfêmia. 


Jesus então sabiamente os desafia. O que seria mais difícil de fazer? Dizer que os pecados estavam perdoados ou fazer o homem ser curado? O que seria mais complicado? Óbvio que Jesus tinha poder para ambos os atos, e não havia na verdade uma hierarquia entre eles, estava apenas encurralando os escribas que o haviam acusado, visto que ambos eram prerrogativas para os próprios possíveis apenas a Deus. 


Antes de prosseguirmos é importante ressaltar que atos miraculosos nunca foram comuns muito menos a tônica do relato bíblico, e sempre foram realizados em momentos especiais e todos tinham em mente que sempre fora Deus agindo. 


Com a cura Jesus reafirma mais uma vez seu poder e autoridade divinas, bem como declara ser Ele é o cumprimento da profecia de Daniel 7, o Filho do Homem. Nesse texto aqui tratamos com mais detalhe sobre esse termo. 
 
https://penso-e-creio.blogspot.com/2021/06/os-evangelhos-um-papo-tenso-e-profundo_02042131237.html 

 

Por fim depois de realizado o ato de cura terminamos com a expressão de espanto dos presentes: “Nunca vimos algo assim.”  

Não haviam conhecido a Jesus ainda como, não apenas mais um profeta ou mais um mestre, e sim como O EVANGELHO prometido. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cristão: Esquerda x Direita. Uma falsa questão.

Não é de hoje brotam essas discussões em redes sociais, "um cristão pode ser de esquerda?" "e de direita?" Geralmente são discussões acaloradas nas quais é muito comum sobrarem clichês, interpretações enviesadas de textos bíblicos e infelizmente também sendo comum agressões verbais. Antes de mais nada deixemos claro que na nossa forma de ver não existe Cristão com adjetivo, ou se é Cristão ou não se é. O uso de adjetivos à palavra cristão talvez só faça sentido para designar origem e quiçá grupos por afinidade em pontos doutrinários.  Mas voltemos ao dilema cristão x esquerda ou direita.  Acho que muitas das discussões se perdem por não definirem inicialmente seus conceitos, o que termina por gerar batalhas quixotescas onde o que se combate são meramente espantalhos. Muita energia é disperdiçada debatendo o que não foi dito e o que não foi pensado. Então de uma forma bem simples e direta vamos inicialmente estabelecer o que estamos considerando aqui como cristão, co

Devocional: Hebreus 2 – O perigo de não compreender o ato expiatório de Jesus.

    Leia Hebreus 2   O autor da carta aos Hebreus faz bastante uso da conjunção entre orações como forma de coordenar os argumentos dando-lhes relação de causa e efeito.   O capítulo 2 começa exatamente com   uma ligação desse tipo por esta razão . Ou seja devido aos argumento apresentados no primeiro capítulo sobre a majestade e senhoria de Cristo ele nos leva a ter em mente a riqueza e valor das verdades do Evangelho. Num mundo de verdade fluída e saberes construídos, o autor nos apresenta o conceito de verdades absolutas, imutáveis e que devem ser abraçadas com firmeza.   A salvação citada aqui nesse texto compreende não apenas um mero ato de recebimento da mesma mas toda uma compreensão do que envolve tanto antes quanto depois do ato salvífico de Cristo. Recentemente escrevi uma série de artigos sobre a pessoa de Jesus que sugiro que sejam lidos, clique aqui .   Essa salvação pregada inicalmente por anjos, anunciada e consumada em Jesus, e ago

Filhos, o de Mourão não é um Lulinha, pelo menos ainda.

Li muitas postagens sobre a promoção do filho do Mourão. Vejo claramente algumas correntes nos comentários. 1. Seguidores cegos que acham que não há nada demais; 2. Isentões loucos por repetir a todo o momento, eu avsiei; 3. Lulistas enrustidos ávidos por ficar repetindo é tudo igual; 4. Lulistas assumidos prontos a tentar dizer que não fizeram nada demais por que todos fazem; Primeiramente penso que não é algo sem qualquer consideração a ser feita. Porém não é ilegal, é burro e talvez antiético, e nem de longe lembra o que o ocorreu com a prole de Lula. Julio Cesar cunhou uma frase, "minha esposa não deve estar nem sob suspeita", devido a um evento no qual sua esposa Pompeia teria sido assediada por um jovem, daí criou-se um provérbio popular, "A mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta" Em se tratando de coisas públicas isso deve ser levado ao extremo, falta muito desse entendimento