Dizendo o que penso e creio

  Existem alguns textos bem difíceis, diríamos mesmo inconclusivos na carta de Judas.   “... antecipadamente anunciados para esta condenação.”   Esse é talvez o mais simples, provavelmente não trata de uma profecia específica mas sim de uma forma geral aos diversos anúncios de aparecimento de falsos mestres e que estes seriam punidos severamente por Deus quer Judas tenha usado como base Enoque ou os apóstolos, ou mesmo citações em sermões não registrados.   “... não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio. ”   Não fica claro o que seria efetivamente o   abandonaram o domicílio talvez uma referencia a desobediência da rebelião dos anjos deixando de cumprir seus ministérios conforme a vontade divina ou ao fato de terem saído das regiões celestiais, mas o certo é que Judas nos diz que eles já estão condenados em algemas eternas apenas aguardando o dia do juízo.   “... o arcanjo Miguel.”   Primeiro precisamos e

    Leia Judas.   A carta de Judas é a que mais gera debates sobre sua autoria do Novo Testamento. Embora identificado como Judá irmão de Tiago há muitos que questionam que sua autoria seria mesmo de um outro irmão de Jesus. Existem ainda até mesmo questionamentos sobre a correção da inclusão da mesma no canon do Novo Testamento muito por conta da citação de textos não canônicos. Mas pondo essas questões a parte o fato é que a carta se sabe através de outros registros foi muito usada no período inicial da Igreja.   Ela tem algumas dificuldades de interpretação, a primeira diz respeito a similaridade com a segunda carta de Pedro que alguns apontam como uma sendo uma quase cópia da outra. No entanto sabemos que o uso de textos anteriores publicados eram sim muito usados na produção de novos textos. O segundo é o uso de textos de livros apócrifos, não obstante o uso de citações de textos não canônicos não seja comum, eles existem em outros pontos [1] , lembr

  O Rev. Ageu Magalhães fez uma bela postagem sobre essa afirmação do apostata Ed Renê Kivitz conforme abaixo, eu vou dizer apenas isso aqui, leiam as cartas de João a respeito dos falsos profetas do docetismo e lanço a pergunta como rebater tal afirmação sem conhecer as doutrinas bíblicas que nos dizem que Deus é santo? Que a justiça de Deus requeria um sacrifício puro e imaculado? Sem conhece a doutrina da habitação do Espírito Santo em nós? Tem certeza ainda que vale mais a “experiência “ pessoal do que o estudo da Palavra e dos ensinamentos que Ela traz? Por falar nisso doutrina = ensino. Ed Renê Kivitz: “A santidade é essa consciência de que Jesus tá em mim, ele tá aqui. E não interessa o que eu tô fazendo... Se eu tô enchendo a cara, se eu tô cheirando mais uma carreira, se eu tô na cama errada, se eu tô com dinheiro errado no meu bolso, se eu tô mentindo, se eu tô cheio de cobiça, se eu tô cheio de inveja, se eu tô cheio de amargura, de ódio, se eu quero vingança, não interessa.

  Leia 3ª João.   Não há qualquer dúvida que se trata de uma carta pessoal de João a Gaio. Esse nome não era um nome incomum no tempo apostólico, podemos inferir que Gaio era filho na fé de João, e era também alguém com posses e que as colocou a serviço de Evangelho hospedando cristãos missionários.   O elogio ao amor cristão é o cerne dessa carta. E João compara dois personagens Diótrefes e Demétrio. Enquanto o primeiro buscava proeminência, ou num linguajar bem moderno, gostava de aparecer, mas na prática não exercia sequer a hospitalidade, o segundo é apresentado como uma pessoa de bom testemunho.   João alerta Gaio a seguir o exemplo de Demétrio e desprezar o mau exemplo de Diótrefes.   Um testemunho pessoal de como é gratificante ser hospitaleiro, tivemos em família alguma experiências de hospedar missionários, pastores e famílias, pessoas que só conhecemos quando estiveram em nossas casas. Fomos muito abençoados pela presença deles, homens e mul

    O apóstolo João retorna a um tema que já havia tratado na primeira carta, porém enquanto a primeira se assemelha mais um sermão se tratando de uma carta geral, essa segunda carta embora também traga o combate ao docetismo é dirigida a uma pessoa especificamente embora alguns pensem que o termo senhora eleita possa se referir a uma igreja, no entanto seria algo bem incomum não ocorrendo nada parecido em nenhum outro local.   Logo após aos cumprimentos iniciais onde João demonstra alegria pela fidelidade da família da destinatária ele introduz o assunto principal, o combate aos falsos mestres. Mais uma vez é a questão de alguns que insistem na ideia de que Jesus não encarnou de fato, e ele diz que quem assim prega está no papel de enganador e anticristo. Depois ele adverte que tais pessoas não deveriam sequer ser recebidas para que não seja contado junto com o que ele chama de obras más.   Mas o que é e qual a importância da humanidade de Jesus?   Primeiramente uma olh

    Os dois últimos capítulos tratam de temas variados apresentando-os de forma curta mas bem objetiva sem perder a profundidade.   Falsos profetas e o Jesus encarnado   João chama de mentirosos todos aqueles que negam o fato de que Jesus veio em carne. Se Jesus não tivesse sofrido na carne humana as dores do castigo do pecado seu sacrifício não teria valor. Somos redimidos também em todas as partes de nosso ser e nossa carne mortificada para o pecado   será glorificada na eternidade.   Deus é amor   Deus exerce o seu amor ao: a)     Dar-nos o seu Filho, "unigênito", "um e único Filho", “singular”. b)    Afastar de nós sua Santa e Justa ira pela propiciação dos nossos pecados; c)     Garantir sua fidelidade à aliança e na busca pelo seus escolhidos; d)    Nos aperfeiçoar no seu próprio amor. e)     Nos livrar de qualquer temor sobre nossas vidas no momento e no futuro.   O amor de Deus é perfeito em si mesmo e tra

  Antinomismo       O que é:   Antinomismo é um sistema filosófico baseado em duas proposições contrárias, ambas coerentes e válidas, mas de conclusões e significados opostos. Em Teologia implica na doutrina que se pauta no princípio de que para ser cristão basta ter fé, rejeitando as normas de conduta estabelecidas pelos dez mandamentos, ou pela lei mosaica.   É conhecido que a ênfase principal dos primeiros reformadores foi a defesa da justificação única e exclusivamente pela fé em contraposição as diversas obrigatoriedades em relação a práticas que eram impostas pelo catolicismo romano. Foi na doutrina da justificação que Martinho Lutero (1483-1546) trouxe suas maiores contribuições teológicas para a Reforma:   a)     A justiça salvadora para os salvos e punitiva para os não salvos; b)    A justiça é atribuída de forma graciosa e não conquistada por atos; c)     A justiça é de Cristo e não nossa.   O antinomismo surge como um movimento que a

    Leia 1ª João 3     João nos apresenta logo de cara nesse capítulo uma cadeia lógica que inicia no amor de Deus para com os seus escolhidos, esse amor quando nos alcança nos torna filhos, sermos filhos nos afasta do mundo porque este não o conhece como Ele nos fez conhecer, não totalmente ainda, mas ainda o veremos exatamente como ele é, e para isso somos purificados na esperança desse encontro.   Os transgressores da lei não são de Deus porque Deus é santo e nela não há qualquer traço de pecado ou injustiça. Portanto seus filhos não podem viver em pecado e devem praticar a justiça. Há um equívoco bem frequente entre cristãos que afirma a revogação da lei moral de Deus, isso se chama Antinomismo , vamos tratar disso um pouco no próximo artigo mas antes vamos falar do verso sete que afirma categoricamente que “... aquele que pratica a justiça é justo, assim como ele é justo ” e em seguida faz o contraponto com o que chama de filhos do maligno que são aqueles que pratica

    Leia 1ª João 2:12-29   São quatro assuntos que se interligam. João se dirige aparentemente três grupos mas que na verdade são um único grupo, usando três características diferentes:   a)     Filhinhos – pelo perdão de seus pecados, foram acolhidos na família de Deus Pai; b)    Pais – porque o conhecimento de Deus que têm em Jesus Cristo os qualifica a transmitirem o conhecimento às gerações futuras; c)     Jovens - porque sua rejeição decisiva do maligno é uma vitória semelhante à de Jesus, o qual lutou contra Satanás no deserto e foi vitorioso. [1]   Mas     importante nesse trecho é perceber que todo o poder da proclamação do Evangelho está em Cristo Jesus, é seu nome que envolve e protege os seus. Foi Ele quem venceu o maligno. [2] A vitória sobre o mal é garantida em Jesus e ela está garantida. [3]   Por isso mesmo o cristão não pode ter mais ligação com o mundo. [4] Os escolhidos para salvação não pertencem e não tem mais nada com o