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Racismo no futebol


 

Tem sido mais frequentes os casos de racismo ou pelo menos mais noticiados sobretudo ligados ao futebol. O do momento são ações grotescas contra o Vinícius Júnior. 


Não há nada a dizer que minimizem a gravidade do comportamento e dos atos cometidos.  


Quero apenas abordar um aspecto que considero que não ajuda em nada a combater o problema. Tratar o fenômeno como algo ligado exclusivamente ao futebol e colocar todas as ações no mesmo balaio como se tivessem o mesmo peso. 


O mal da intolerância é algo que vem crescendo na sociedade, existem diversas causas, primariamente sempre ligada a degeneração de coração e mente humanas pelo pecado, mas também desde a frustração e inveja de muitos, as causas identitárias, as migrações que têm gerado de uma forma abrupta uma mudança no extrato social etc. 


As soluções não são simples, mas certamente não passam pela mania recorrente de tentar punir uma coletividade que não cometeu o erro como se isso fosse atingir os que dentro dela se comportam de forma criminosa. 


Da mesma forma que torcida única não acabou com a violência, meio que só a varreu para debaixo do tapete, ou seja, transferiu do estádio para outros locais, semana passada tivemos um caso aqui em Maceió, e olhe que apenas um dos times teve jogo no dia, o outro sequer jogou, a punição que alguns já começam a propor de eliminar o time, como foi feito meio para inglês ver com o Grêmio aqui, já estava praticamente eliminado mesmo, ou proibir torcida no estádio, não resolve o problema, só o varre para debaixo do tapete. 


No nosso mundo atual onde se tem câmeras para todos os lados é preciso de que a justiça e seus atores deixem de preguiça e de soluções fáceis e comecem a punir individualmente e exemplarmente até como forma educativa para os demais. 


Isso vale para todos os crimes, inclusive o de racismo, por outro lado como qualquer outro crime, existem gradações, uma ofensa é muito diferente de uma agressão física, e assim deve ser tratada. E devemos lembrar que a multidão sempre é burra, e age como manada, mas se algumas cabeças forem punidas mesmo a manada mais coesa tende a se sentir constrangida a não mais cometer os atos criminosos. 


Em suma sem querer simplificar demais temos um aspecto social que só pode ser trabalhado por medidas educativas, campanhas de esclarecimento, e o aspecto criminal deve ser tratado individualmente, punindo pessoas e não coletivos pelos crimes cometidos. 

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