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Devocional: 1ª Pedro 3 – Uma única morte, Um único sacrifício



 

Leia 1ª Pedro 3

 

 

Uma única morte ... um único sacrifício

 

Muitos tem introduzido ideias estranhas no mundo evangélico moderno, conceitos de sacrifícios pessoais, ações individuais ou comunitárias que darão uma certa justificação diante de Deus, mesmo que não confessadas, mas praticadas. A praga da sinalização de virtude junto com o politicamente correto tem encontrado caminhos dentro das igrejas.

 

O exemplo em Noé

 

Temos quatro possibilidades de interpretação dessa parte do texto conforme a Bíblia de estudo de Genebra:

 

a)    Cristo pré-encarnado e pregando através de Noé (2ª Pedro 2.5) a pessoas que viveram antes do dilúvio (Genesis 6--8). Noé chamou-as ao arrependimento, mas elas desobedeceram e agora estão aprisionadas O argumento de Pedro seria então que, assim como Deus vindicou Noé naquela vez, assim ele vindica os cristãos hoje.

b)   A pregação de Cristo no breve espaço de tempo entre sua morte e ressurreição, durante a "descida ao inferno". Diz-se que Cristo anunciou sua vitória aos espíritos dos perversos contemporâneos de Noé confinados no reino dos mortos.

c)    Uma ideia semelhante é que Cristo proclamou sua vitória aos anjos caídos, muitas vezes identificados com os "filhos de Deus" de Genesis 6.2,4 (cf. Jó 1.6; 2.1 ), no seu lugar de confinamento.

d)   Cristo proclamando sua vitória a anjos caídos após a ressurreição, no tempo de sua ascensão ao céu. O ponto das três últimas interpretações é: precisamente como Jesus foi vindicado, assim também cristãos serão vindicados.

 

Nossa posição sobre esse texto, que é daqueles considerados mais difíceis,  a luz do restante das Escrituras é que não há qualquer embasamento para pensar que literalmente Cristo foi ao inferno pregar para quem quer que seja. O que podemos afirmar por esse texto é que de alguma forma no sacrifício de Cristo há uma demonstração cabal aos rebeldes da vitória de Jesus na sua ressureição.

 

O Batismo ... vos salva

 

O Batismo cristão não salva literalmente mas ele é um sinal do selo da graça de Deus. Entendemos isso como uma demonstração de que o batismo com água não é um mero simbolismo mas sim um ato de fé e graça, místico, que representa a entrada do cristão ou do infante na família da fé. Sim,nós cremos que o pedobatismo é bíblico e nossa posição pode ser melhor compreendida nesse outro artigo clicando aqui e aqui.

 

O exemplo em Noé no dilúvio simboliza as águas do batismo e a salvação que elas significam. Aliás me permitam aqui a exposição de uma ideia, Noé e a família foram salvos por aspersão, os que passaram pelo processo de imersão, foram os que morreram. O bastismo tem dois simbolismos claros tanto para a morte dos que não creem quanto para a vida dos que creem conforme Romanos 6:4.

 

Mas para que ninguém atribua poderes ao ato material do batismo de forma equivocada Pedro afirma que o meio de salvação não é a realização do rito externo, mas o que ele representa e deve ter acontecido no íntimo, a união com Cristo na sua morte e ressurreição.

 

Foi mais longo que o habitual, mas era importante tratar essa parte do texto de uma única vez.

 

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