Desde muito tempo, em vários aspectos
da vida nos confrontamos com situações como essa:
Juquinha dá o primeiro tapa em Joãozinho que nada faz.
Juquinha dá o segundo tapa em Joãozinho que nada faz.
Juquinha dá o terceiro tapa em Joãozinho que dessa vez revida.
Então finalmente tia Mariazinha,
que viu os dois primeiros tapas, além do último, se manifesta, chama os dois e
diz que atos violentos nunca são bons, e que os dois agiram mau e devem ficar
de castigo.
O que isso tem a ver com o
momento atual. Tudo e algo mais. O que não faltam nos dias atuais são tapas de
Juquinha e Joãozinho e claro sermões de tias Mariazinhas.
Antes de mais nada sou adepto da
não violência e do diálogo, mesmo entre Juquinha e Joãozinho, nunca achei que
perder a racionalidade seja um bom caminho. Dito isto coloco um grande MAS.
O que quero abordar aqui é a ISENÇÃO
de Tia Mariazinha. Tem sido bastante comum entre as pessoas equiparar a violência
de Juquinhas e Joãozinhos, e bradarem aos quatro cantos que os dois lados estão
errados, quando na verdade, mesmo equivocada, a ação de Joãozinho é apenas uma
reação as ações de Juquinha. Por certo não é o melhor caminho, porém tratar
como iguais o que agrediu várias vezes e o que revidou é usar de uma verdade, a
virtude da não violência, para esconder sua própria omissão, ou quem sabe conivência.
No cenário político brasileiro
tem sido cada vez mais comum vermos Tias Mariazinhas que na verdade gostariam apenas
que Joãozinho não revidasse nunca, quer por frouxidão, quer por acharem que Joãozinho
merecia apanhar, e agora estão horrorizados porque Joãozinho cansou de apanhar
e resolveu bater de volta.
Sim, a racionalidade é o melhor
caminho, e não a violência, quer verbal ou física, dizer isso é uma verdade,
mas dizer que ambos são idênticos em suas posturas e ações é MENTIR.
Tenho visto muitos religiosos
adotando a postura de Tia Mariazinha, e achando numa posição bem blasé que são
superiores a tudo isso que está aí quando na verdade são talvez os maiores
responsáveis, mais do que o próprio Juquinha, da reação de Joãozinho pela sua
covarde omissão.
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