Leia Hebreus 8
O autor inicia esse capítulo reforçando o conceito já apresentado anteriormente de Cristo como um novo sumo sacerdote superior eterno e perfeito que está assentado a destra de Deus Pai no seu trono de majestade nos céus, e ele dá uma dimensão absoluta nessa questão ao afirmar que isso é o essencial das coisas.
Em seguida ele transporta essa afirmação desenvolvendo o ofício desse Jesus. O assunto pode não ser simples mas deve ser abordado.
Cristo é apresentado como o ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, diferenciando do templo e do tabernáculo construído por homens esse novo é erguido pelo próprio Deus. Os primeiros eram um sinal da presença de Deus no meio do povo, embora não habite em construções humanas.[1] Mas um assunto muito importante é inserido aqui no debate, o fato de que Jesus cumpria o papel de ter o que oferecer de si mesmo, seu corpo e seu sangue.
Uma questão importante aqui é a origem e natureza divina de Jesus como um fato essencial, um homem comum jamais poderia assumir esse ofício, um homem comum da tribo de Judá sequer poderia ser um sacerdote. Pela lei apenas levitas poderiam ser. Porém o sacerdócio de Jesus como já dito em artigo anterior era de outra linhagem, da ordem de Melquisedeque e não da ordem de Arão e por conseguinte não era sujeita a lei. Todas as figuras que envolviam o culto e os sacrifícios eram sombras do que seria estabelecido em Cristo de forma definitiva.
Cristo é apresentado como mediador de superior aliança que é instituída com base em superiores promessas. Temos que entender aqui para não causarmos qualquer confusão que Deus é imutável, suas promessas também o são, pessoalmente defendo a ideia dentro do aliancismo de um único pacto, uma única aliança, mesmo porque esta foi estabelecida na eternidade por Deus, o que muda é a nossa compreensão sobre a mesma que nos foi revelada paulatinamente desde Adão até se revelar por completo em Cristo Jesus. Mas para efeitos didáticos e de compreensão facilita nos referiremos como uma nova aliança como fizemos até aqui.
Qual a figura e ofício desse mediador estabelecido? O mediador é um intermediário consistia em estabelecer um novo relacionamento entre as partes oferecendo algo que eliminasse as razões que levaram ao litígio. De forma imperfeita ainda os sacrifícios do Antigo Testamento cumpriam esse papel e apontavam para o sacrifício perfeito e definitivo de Jesus.
Enquanto a aliança do Antigo Testamento era exterior a nova estabelecida por Cristo é interna e íntima, Deus:
a) Imprime-a na mente;
b) Purifica a consciência;
c) Nos faz agradar a vontade de Deus.
Enquanto na primeira o acesso a presença de Deus é limitado, na nova todos podem entrar no santuário e se achegar a Deus por intermédio de Jesus, o Cristo.
Uma rica e sublime promessa está na afirmação que não mais lembrará dos pecados. Essa nova forma de nos relacionarmos com Deus torna a separação anterior algo velho e desnecessário, tudo se fez de fato novo nessa relação com o Pai.
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