Leia Hebreus 12:1-17
Esses 17 versículos tratam de um ponto crucial na vida do cristão, as provações. Por que? Para que? São perguntas fundamentais que precisam ser entendidas. Vamos ainda acompanhar o que o autor da carta nos traz falando de Jesus como exemplo.
a) Por que? Para nos mostrar o imenso amor de Deus para conosco;
b) Para que? Para nosso próprio aperfeiçoamento.
Mas vamos detalhar melhor o texto.
Cristo como exemplo.
Logo no início do capítulo Jesus é apontado como Autor e Consumador da fé. Ele é aquele nos redime e nos garante aceitação diante do Pai. Nos insta a perseveramos na caminhada nos livrando do pecado que nos assedia olhando para esse Jesus que trocou momentaneamente sua glória e majestade para estar entre nós e sofrer e suportar a cruz e assim tomar assento a destra de Deus Pai. O olhar do cristão não deve estar na dificuldade da provação mas naquele que “... suportou tamanha oposição
dos pecadores contra si mesmo ...” a fim de que pelo seu exemplo possamos nós também suportar e vencer.
O amor de Deus nas provações
Deus corrige a quem ama.[1] Temos uma tendência a entender disciplina sempre como castigo quando a essência da palavra e do princípio bíblico não é esse. Disciplina é correção e endireitar o caminho. Deus é posto aqui na figura de um pai que quer o melhor para seus filhos. Bastardos não seriam corrigidos[2], cuidados mas apenas os filhos verdadeiros o são.
Os cristão aos quais a carte se destinava, e nós também, conheceram alguma perseguição, contudo, nada comparado ao que Jesus sofreu. Mas o importante é que o plano de Deus para conduzir muitos filhos para a glória precisava que o Autor da salvação fosse aperfeiçoado pelo sofrimento embora não merecesse. Os filhos tomados em adoção devem ser preparados igualmente para a herança.
A correção dos pais terrenos é limitada pelo tempo e pela sua sabedoria, a do Pai celestial é administrada por sua sabedoria infinita e tem efeitos eternos. Temos uma tendência a pensar que Deus quer uma vida boa para nós, mas o melhor de Deus para nós significa que se necessário for ele nos quebrará, irá esmagar nossos ossos, se isso for preciso para que nos tornemos perfeitos e santos adoradores.[3] Essa santificação produz um fruto pacífico.
Para que sofremos as provações
A proposta de Deus para nossas vidas é de vitória, mas estamos falando da vitória eterna. Para isso precisamos fechar as feridas espirituais do passado lv. 12) e evitar as armadilhas no futuro (v. 13). Como dito anteriormente a disciplina nos faz nos mantermos nos “... caminhos retos para os pés ...”[4]
O capítulo segue com uma exortação bem clara firmada em alguns pontos:
a) Segui a paz e a santificação;
b) Não se afastar da graça de Deus (o Evangelho);
c) Não se deixar vencer pela amargura e desesperança;
d) Não vivendo nem deixando conviver no seio da igreja a impureza;
Pois se não o fizermos seguiremos o caminha de Esaú que foi exterminado por não achar lugar de arrependimento.
[1] Provérbios 3:11-12
[2] Romanos nobres geraram filhos ilegítimos, que foram sustentados financeiramente, porém sem qualquer disciplina. O filho da esposa oficial do nobre, que receberia o nome do pai e a herança, era sujeito a um regime de treinamento comparável com a escravidão (GI 4.1-2).
[3] 1ª Pedro 1:15-16
[4] Provérbios 4:25-27
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