Leia 1ª Pedro 2:1-10
Pedro faz um contraponto bem interessante, instando os ouvintes a abandonarem:
a) Maldade;
b) Dolo;
c) Hipocrisia;
d) Inveja; e
e) Maledicências.
E buscassem ardentemente alimento espiritual para crescimento e dizendo que apenas aqueles que tiveram a experiência de sentir o amor de Deus podem desfrutar desse alimento.
Em seguida Pedro que certamente entendeu muito bem o “... tu és pedra ... e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja ...”[1] nos demonstra como somos todos pequenos pedregulhos vivos sobre os quais a Igreja espiritual e invisível é edificada. O pano de fundo da pedra que vive como habitação do Espírito é o próprio tempo do Antigo Testamento como casa de Deus.
O uso da rocha como base firme de construção é algo bem comum no Antigo Testamento.[2] No Novo Testamento o próprio Cristo usa essa figura para falar de si mesmo.[3] A Igreja, habitada pelo Santo Espírito, é o verdadeiro templo de Deus[4]. Todo cristão verdadeiro é um sacerdote na medida que passamos a ter acesso imediato a Deus para servi-lo pessoalmente e entregar o sacrifício de uma vida de obediência.[5] Esses sacrifícios são espirituais e estão presentes no culto cristão.[6] O sacerdócio do cristão depende do sacerdócio de Cristo, nossos atos só podem ser aceitos por meio da intercessão contínua de Jesus.[7]
No trecho dos versos 6 a 8 Cristo é descrito como a Pedra Angular, e o apóstolo desenvolve a clara ideia da soberania de Deus tanto sobre o bem, a Pedra funcionando como âncora para edificação dos salvos, quanto sobre o mal, onde a Pedra é posta como instrumento para tropeço e queda dos que não são eleitos por Deus.[8] Os versos 9 e 10 por sua vez trazem uma analogia entre coisas do Antigo Testamento e a Igreja do Novo Testamento, indicando a continuidade da aliança entre os dois momentos da história humana. A analogia com Israel é clara e demonstra que a parte a falta de compreensão do povo no Antigo Testamento, tudo já apontava para Cristo e para a mesma missão.
a) Raça eleita – Um povo escolhido por Deus segundo sua própria vontade;
b) Sacerdócio real – Uma vida de oferta diária e continua a Deus através de um único mediador;
c) Nação santa – Uma Vida dedicada a busca de pureza e das coisa de Deus;
d) Propriedade exclusiva de Deus – Uma vida com a mente sempre voltada para o Seu Senhor;
e) Proclamadores das virtudes – Uma vida voltada para manifestar a glória de Deus continuamente em atos e palavras;
Esse povo que era desconhecido e tornou-se povo de Deus exclusivamente pela misericórdia do próprio Deus.
[1] Mateus 16:18
[2] SaImo 118.22; Isaías 8.14; 28.16
[3] Mateus 21:42
[4] 2ª Coríntios 6.16; Efésios 2.19-22; Hebreus 3.6
[5] Não estamos aqui dizendo que são necessários sacrifícios pessoais para a salvação, a nossa entrega é uma consequência direta do recebimento do sacrifício divino conforme Hebreus 8.13; 10.9-10,18.
[6] Romanos 12.1; Filipenses 4.18; Hebreus 13.5; Apocalipse 8.3-4.
[7] Hebreus 13.15-16.
[8] Romanos 9:14-24.
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