Seria até engraçado se não fosse trágico ver crentes evangélicos combatendo a apologética cristã que nada mais é do a defesa em debate dos princípios bíblicos. Digo engraçado porque sem ela sequer teríamos crentes evangélicos e provavelmente estaríamos ainda todos na Igreja Católica Apostólica Romana, debaixo das orientações papais. Dogmas como a beatificação e veneração de santos, e a mariolatria ainda estariam bem presentes.
Se não tivéssemos tido personagens como Wycliffe, Hus, Savanarola, Lutero, Zwingli, Calvino e Knox, todos os eles segundo este princípio de tolerância estariam agindo de forma equivocada ao combater erros de interpretação, como estaríamos?
“a apologética tem por objetivo converter crentes em pensadores e pensadores em crentes”[1]
A Reforma Protestante movimentou-se em defesa da fé cristã, seus princípios e sua cosmovisão bíblica, trazendo a luz um interpretação reformada para fazer crescer o cristão individual e a Igreja como agentes transformadores.
Já citei em diversos textos que o conceito de Paulo sobre fé era muito mais abrangente do apenas crer e confiar de forma mental, mas envolvia crer e confiar nas coisas certas, no ensinamento apostólico trazido por ele e outros a igreja.
Na apologética reformada a ideia é questionar ideias falsas sobre o Evangelho e a realidade, e apontar para a Revelação das Escrituras como uma via razoável e digna de confiança, buscando a pureza do Evangelho que será pregado.
[1] MCGRATH, Alister. Apologética pura e simples: como levar os que buscam e os que duvidam a encontrar a fé. São Paulo: Vida Nova, 2013
Comentários
Postar um comentário