Nunca duvide da bestialidade
humana.
Essa semana fomos brindados
mais uma vez com um exemplo de um alto grau de sociopatia e bestialidade
humana.
Apresentando apenas
argumentos retóricos ideologizados, o senhor Helio Schwartsman, colunista da
Folha, destilou todo seu ódio de certa forma imprecando maldições contra o
atual presidente. E não estou tratando aqui de gostar ou não do mesmo, mas da
forma como enxergar o seu adversário.
Na série da NetFlix Black
Mirror[1]
tem um episódio, na terceira temporada, chamado "Engenharia Reversa"
onde soldados são condicionados a enxergarem como monstros, baratas enormes, pessoas as quais eles tem que caçar e abater.[2]
Já nos trazia Kafka[3] a
ideia que é mais fácil matarmos uma barata, ou, um ser humano se o enxergarmos
apenas como uma barata, do que se o enxergarmos como ser humano.
Existe uma tática de
desconstrução cada vez mais usada nos debates que consiste basicamente em
atribuir características odiosas a quem você considera seu adversário, mesmo se
elas forem antagônicas entre si, e mesmo ainda que não hajam nenhum elemento
consistente que justifique tal atribuição. Pessoas são taxadas de nazistas
mesmo sem terem uma ação sequer de violência comprovada contra quem quer que
seja, apenas por que discordo das ideias dela.[4]
Essa tática de desconstrução
usada por muitos, alguns inocentes úteis, pessoalmente prefiro a alcunha de
idiotas inúteis, é propagada por pessoas muito longe de serem inocentes ou
idiotas, são pessoas que pensam, raciocinam de forma pragmática diante de sua
ideologia distorcida, entendendo essas pessoas que todos os seus atos, por mais
odientos que sejam, serão justificados em nome de uma causa maior. Um sociopata
em sua essência para quem os fins justificam quais meios por mais violentos que
possam ser.
Voltando a série, um pequeno spoiler,
um soldado começa a ter sua lavagem cerebral falhando e começa a enxergar que é
apenas um boneco sendo movido num tabuleiro de falsidade, aquelas pessoas a
quem ele atacava não eram monstros e sim pessoas normais perseguidas pelos
dirigentes do poder do momento.
Do ponto de vista cristão
nunca podemos duvidar da bestialidade do ser humano corrompido que é pelo
pecado, totalmente depravado e inclinado para o mal.
Pode até eventualmente nos
passar pela cabeça uma ideia malévola como essa, mas daí a articular e escrever
uma coluna, deixa de ser uma passagem para estar enraizada em nosso ser.
O senhor Hélio Schwartsman ao
dizer que comemoraria a morte do presidente Jair Bolsonaro manifestou
claramente sua escravidão ao príncipe das trevas que trabalha com ódio e egoísmo
nos corações humanos. Dois dias depois o mesmo colunista reafirmou tudo que tinha dito, mesmo com toda repercussão negativa nas mídias sociais. Notem que a publicação veio no editorial da Folha, onde se representa a opinião do jornal, e feita por alguém que já ocupou cargos de direção jornalística no mesmo.
Se você não consegue se
revoltar com tal ação, ou pior ainda tenta justificar tal tipo de
comportamento, tente rever urgentemente seus conceitos, seus objetivos de vida
enquanto ainda dá tempo.
Ps.: Diria a mesma coisa
contra qualquer que fosse o ocupante do cargo nas mesmas condições, e comigo não
funciona essa tática de bestializar o adversário. Já fui chamado de fascista e nazista por pessoas que me conhecem há décadas e não tem como desconhecer meu caráter e até por parentes.
[1] Ótima
série, cada episódio é uma história isolada. Todas com algum tema tecnológico
como pano de fundo, algo de ficção científica, mas que na verdade trata de
temas de relacionamento humano.
[2] A
série traz baila uma perseguição étnica a pessoas pobres.
[3] A
Metamorfose (Die Verwandlung no original em alemão) de Franz Kafka
publicado originalmente em 1915.
[4]
Importante lembrar que o regime do III Reich matou mais de 6 milhões de
pessoas.
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