Leia 1ª Tessalonicenses
2:1-12
Paulo parece fazer aqui uma
breve defesa de sua autoridade apostólica e da correção do Evangelho pregado
por ele mas o principal é que nessa defesa Paulo termina apresentando um modelo
de serviço, de vida, não apenas para os crentes de Tessalônica mas também para
todos que abraçam o Evangelho.
E é sobre esse modelo que
vamos trabalhar um pouco na devocional de hoje.
1.
Uma vida frutífera
– Inicialmente ele. Chama a atenção
para o fato de que os próprios tessalonicenses em sua fidelidade ao Evangelho
eram uma mostra de que o ministério não era em vão, pelo contrário frutificava.
2.
Ousadia e
confiança – Paulo e Silas durante a
sua segunda viagem missionária tinham sofrido perseguições, sido espancados e
presos, mas mesmo depois de tudo que haviam sofrido em Filipos prosseguiram na
Macedônia[1]
indo pregar em Tessalônica, desafiando os que os perseguiam calcados na confiança
que se o Espírito os levou até ali Deus os protegeria e os conduziria dentro
desse propósito.
3.
Fidelidade e
aprovação – É interessante como Paulo
defende a integridade do Evangelho pregado por ele.[2] Fazendo
uma sequencia de sua exposição das perseguições, Paulo está enfatizando a ideia
de que ninguém passaria pelo que ele e Silas estavam passando sem acreditar na
fidelidade do que ensinavam. E para isso elenca alguns aspectos da sua pregação:
a.
Verdadeira;
b.
Pura;
c.
Sem malícia ou
engano;
Ele
ainda declara firmemente que a mensagem trazida era dada pelo próprio Deus[3]:
a.
Sendo eles
aprovados;
b.
Depositários da
confiança divina;
c.
E que não agiam para
agradar a homens e sim para agradar a Deus.
E
seguem na defesa do ministério nos ensinando mais algumas qualidades que
precisam estar presentes em qualquer ministério divino[4]:
a. Falar de forma honesta e objetiva, sem bajulação;
b. Não buscar proveito próprio ou enriquecimento;
c.
Não buscar a glória
e o reconhecimento entre os homens;[5]
d. Não exigiram esforços financeiros em contribuições;[6]
4.
Testemunho no
proceder – Paulo clama o próprio Deus
e os tessalonicenses como testemunhas do correto proceder dele[7]:
a.
Forma piedosa[8];
b.
Justa;
c.
Irrepreensível;
Paulo conclui esse texto
fazendo uma exortação, usando a figura
de um pai ensinando a seu filho, e que devemos tomart ambém como ensinamento para
nós mesmos:
a.
Exortando – Ensinando
sempre;
b.
Consolando –
Tomando as dores dos outros;
c.
Admoestando –
Corrigindo quando necessário;
Dessa forma vivendo
dignamente o Evangelho que recebemos, vivendo o já da glória do
reino eterno do Senhor.[9]
[1] A
ida de Paulo e Silas a Macedônia foi orientada por um sonho que Paulo teve
(Atos 16:9);
[2]
Contrapomos isso a forma de atuar da turma da chave hermenêutica que tenta
através de sofismas reduzir a validade do ensino bíblico apenas as palavras
ditas diretamente por Jesus. Os que assim pregam, mesmo que não o assumam, estão
vilipendiando o Evangelho e declarando que Paulo entre outros era apenas um
farsante deturpador da verdade.
[3] Todo
cristão tem um chamado pessoal para agradar a Deus. Jesus não viveu para
agradar a si mesmo, nem nós para agradarmos a nós mesmos (Jo 8.29; Rm 15.1-3).
A fé (Hb 11.5-6; ), o louvor (SI 69.30-31 ), a generosidade (Fp 4.18; Hb
13.16), a obediência à autoridade divinamente constituída (CI 3.20) e a
dedicação no serviço cristão (2T m 2.4 ), todos estes são meios de agradar a
nosso Criador.
[4] Tudo
deve ser feito de modo a glorificar e a louvar a Deus, pela sua sabedoria e
bondade (1 Co 10.31; cf. Mt 5.16; Ef 3.10; CI 3.17).
[5]
Lembro de certa feita que numa. Igreja durante os cultos de ações de graça pelo
aniversário da igreja uma pessoa veio ao pastor avisar que o prefeito tinha
chegado ao templo, querendo que o pastor avisasse no meio do serviço a presença
da autoridade, e sabiamente o pastor fez que não era com ele e o prefeito ficou
ali sentadinho até o final do culto, onde nos agradecimentos após. Oculto teve
o nome citado.
[6]
Vale ressaltar que a igreja em Tessalônica foi reconhecida como uma igreja que
ofertava liberalmente com frequência para ajudar o ministério de Paulo.
[7]
Todos os predicados listados devem ser enxergados a luz da sabedoria divina;
[8]
Piedade no entendimento geral é um sinônimo de compaixão e misericórdia, mas no
contexto bíblico vai um pouco mais além, envolve a fidelidade aos princípios
ditados por Deus.
[9] Rm
14.17; 1Co 4.20; CI 1.13-14
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