Continuando nossa devocional
em Romanos 8, tendo tratado da luta entre carne e Espírito e demonstrado que os
que estão no Espírito inevitavelmente são guiados por Ele, Paulo segue tratando
de como se dá essa nova relação entre o homem e Deus.
No verso 15 Paulo introduz a
ideia de paternidade, que vai muito além da relação de criatura, ele fala de
adoção. Não apenas justificados e libertos, mas adotados como filhos, e seremos
a frente glorificados, estando então numa condição até mais íntima do Adão
desfrutava no Éden.
A Bíblia de Estudo de Genebra
traz o seguinte comentário do verso 15:
“Em adição à justificação e à liberdade da
condenação (v 1 ), os crentes são acolhidos na família de Deus e são
internamente persuadidos pelo Espírito de que eles fazem parte dessa família. O
clamor do crente, "Aba, Pai" (a palavra aramaica Aba, foi usada pelo
próprio Jesus para referir-se a Deus Pai, em Me 14.36), indica quão vividamente
a união com Cristo é uma realidade na experiência da Igreja do Novo Testamento.
Esse clamor é uma expressão de uma assegurada consciência de filiação. A ideia
de adoção não aparece no sistema legal do Antigo Testamento, e Paulo parece ter
tomado por empréstimo esse conceito próprio da lei romana, preenchendo-o com a
teologia bíblica da paternidade de Deus sobre o seu povo.”
A adoção caracterizada aqui não é de um filho adotivo
diferenciado do filho natural, ela expressa uma adoção em equivalência de amor
e privilégios ao do filho natural, não um agregado, mas de fato família.
Paulo continua descrevendo essa relação filhos e
herdeiros com Cristo na glória eterna. Destaca a transitoriedade de nossa vida
sujeita a criação que sofre pelo pecado, e o anseio pelo retorno em glória de
Jesus. No verso 21 temos a expectativa de toda a criação submetida ao
sofrimento pelo Pecado para ser restaurada a glorificação pelo próprio Deus.
O texto trata ainda da esperança e da paciência que
temos que ter e da confiança que o Espírito Santo nos fortalece quando temos
que enfrentar dificuldades de forma mesmo misteriosa para nós.
Esse Espírito que habita em nós como selo de nossa adoção
ainda:
1.
Nos ajuda em
nossas fraquezas;
2.
Dirige nossas orações
para que peçamos o que é a vontade do Pai;
3.
Intercede por nós;
4.
Remete nossas
intenções para Deus;
5.
Nos dá a certeza que
tudo terminará bem.
Quando o texto bíblico nos traz a o fato que tudo coopera
para nosso bem não que fazer qualquer alusão a algo como a teologia da
prosperidade. Temos que entender que as ações de Deus em nossas vidas tem como
finalidade nosso aperfeiçoamento enquanto filhos e adoradores.
O próprio Deus foi quem nos escolheu, nos chamou,
segundo Seu propósito, de acordo com sua vontade boa, perfeita e agradável. Para
nos justificar e futuramente glorificar e sermos irmãos de e em Cristo Jesus. Não
poupando nem seu filho para nos fazer herdeiros da glória eterna.
O que então poderá se opor a essa nossa relação?
Esperança e confiança certamente são marcas dos crentes salvos em Cristo Jesus.
Como diz uma das músicas baseadas nesse texto:
“Pois eu estou bem certo
Breve tempo de aflição
Não pode comparar-se
À nossa eterna salvação.”[1]
No próximo e último texto
sobre essa capítulo vamos tratar de confiança e certeza.
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