Tomei
uma decisão hoje que pretendo cumprir. A cada dia como forma de me disciplinar
no estudo na Palavra e poder assim de alguma forma abençoar a outros, minhas
devocionais sempre terão, enquanto Deus permitir, um texto comentando.
Não
pretendo fazer nenhum grande tratado exegético, nem um sermão, apenas
compartilhar devocionalmente aquilo que o texto trouxe para mim.
Hoje
li o Salmo 124, abri de forma aleatória a Bíblia Online na Internet e estava lá
o verso 7, mas como de costume li o texto todo.
“Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, ora
diga Israel; Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, quando os homens
se levantaram contra nós, Eles então nos teriam engolido vivos, quando a sua
ira se acendeu contra nós.
Então as águas teriam transbordado sobre nós, e a corrente teria passado sobre a nossa alma; Então as águas altivas teriam passado sobre a nossa alma; Bendito seja o Senhor, que não nos deu por presa aos seus dentes.
Então as águas teriam transbordado sobre nós, e a corrente teria passado sobre a nossa alma; Então as águas altivas teriam passado sobre a nossa alma; Bendito seja o Senhor, que não nos deu por presa aos seus dentes.
A nossa alma escapou, como um pássaro do laço dos
passarinheiros; o laço quebrou-se, e nós escapamos.
O nosso socorro está no nome do Senhor, que fez o céu e a terra.”
O nosso socorro está no nome do Senhor, que fez o céu e a terra.”
O
Salmo 124 é um texto de ações de graças coletivas. O Salmo nos traz a expressão
do povo de Israel, alegre, por Deus ter-lhes livrado de algum enfrentamento.
Pela
referência as águas e por estar incluso como um cântico de romagem é bem possível
que seja uma referência a uma ocasião mais antiga, talvez ligada a passagem do
povo pelo mar durante o êxodo do Egito.
Mas
falando do texto em si. Começa com uma declaração de reconhecimento da dependência
de Deus para encontrarmos forças para enfrentarmos as dificuldades. A repetição
da frase “Se não fora ...” é uma forma da poesia judaica de enfatizar, na falta
de superlativos na língua, essa dependência.
Como
somos pequenos para enfrentar as vicissitudes da vida. A força do mal que
habita o coração humano poderia facilmente nos destruir, como diz a poesia
desse Salmo “nos engolir”. A referência a ser submergido pelas águas é
comumente usado para comparar a ser atingido de forma mortal pelo mal, levado a
morte[1].
Esse
reconhecimento da dependência retorna em mais algumas figuras na poesia, no
livramento de uma presa dos dentes do seu predador, do pássaro que escapa da
armadilha. Alma aqui deve ser entendida como vida.
Termina
esse Salmo por voltar a sua introdução, coisa bastante comum na poesia bíblica.
Ele declara que a única proteção que temos mas que nos é totalmente suficiente.
Cobrindo todas as áreas de nossas vidas é o próprio Senhor, que nos fez e como criador,
sustentador e Senhor de todas as coisas nos abraça sabendo o que é melhor para
nós e para o Seu povo, livrando-o dos laços de mal e da morte.
Com
certeza nenhum tsunami, temporal, não existem águas por mais fortes que sejam,
que possam nos arrancar dos braços do Pai.
Comentários
Postar um comentário