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Devocional - Romanos 15 - Qualidades para o ministério da anunciação do Evangelho.




Para quem não leu ainda sugerimos ler nossa devocional anterior em Romanos 15:1-13.

Agora vamos prosseguir nesse capítulo de carta de Paulo aos Romanos, onde ele apresenta uma explicação do porquê de ter escrito a eles. Retorna ao ponto inicial da carta a igreja em Roma, falando de seu ministério e de como ele enxerga a expansão e o propósito do Evangelho e de seu anúncio.

Paulo reforça algumas qualidades que ele considera essenciais na vida evangélica:

·      Bondade;
·      Conhecimento nas verdades bíblicas;
·      Capacidade de ensino;

Ele fala que escreveu para trazer a memória dos irmãos a necessidade dessas qualificações, e diz claramente que foi chamado por Deus para ser ministro entre os gentios. Esse ministério de anunciação das boas novas entende ele foi o meio escolhido e determinado por Deus para agregar os gentios, aqueles que não eram povo, para serem agora povo de Deus.

Paulo fala então que seu ministério era autêntico[1] e sempre procurou ser fiel aos ensinamentos de Cristo procurando locais ainda não atingidos pelo Evangelho[2] para que alcançasse o maior número de pessoas que lhe fossem possíveis alcançar nessa anunciação. É inevitável aqui não lembrar daqueles que buscam principalmente “pescar em aquário.” Existem igrejas formadas quase que exclusivamente por membros egressos de outras igrejas. Não há problema algum em acolher pessoas que saíram de outras igrejas e querem congregar conosco, mas há um forte indício de que algo não vai bem quando nossa igreja é formada quase que exclusivamente por pessoas desse grupo.

Um comentário quase entre parêntesis, dentro desse texto temos uma defesa a trindade que pode passar quase despercebida:

·      Deus Pai, vs. 17;
·      Deus Filho, vs. 17, 18; e  
·      Deus Espírito Santo; v. 19.

Mais uma vez Paulo reforça com profecia bíblica a inclusão dos gentios no meio do povo de Deus.[3]

Paulo termina esse capítulo explicando porque não foi antes visitar a igreja em Roma, provavelmente existia uma cobrança de cristãos que os conheciam sobre isso, como também demonstra-nos que essa igreja não foi fundada originalmente por uma ação missionária de Paulo diretamente. Fala de seu desejo de ida até a Espanha para pregar o evangelho[4] e que nessa viagem passaria um tempo em Roma.

Em seguida Paulo escreve uma súplica que é bem comum em suas cartas, um pedido de oração por seu ministério, pela viagem que faria a Jerusalém para levar uma oferta feita pelos macedônios e pelos cristãos de Acaia, o outro ensinamento implícito aqui de ajudar aos irmãos necessitados. E suplicando também que seu ministério seja bem recebido para que ele mesmo desfrute de alegria e paz.

Que o Pai nos traga paz e alegria, além de bondade, conhecimento, capacidade e disposição para exercer o ministério da proclamação do evangelho aonde formos chamados.




[1] Paulo faz referência a sinais e prodígios que autenticavam seu poder outorgado por Cristo fazendo um paralelo aos profetas no Antigo Testamento. Ver Êx 7.3; Dt 4.34; 6.22; 7.19; Is 8.18; Dn 6.27.
[2] As viagens de Paulo, de acordo com o Livro de Atos, se estenderam desde a parte oriental do mar Mediterrâneo até o distante Oeste, como a Macedônia.
[3] Isaías 52:15
[4] Não existem outros registros bíblicos dessa viagem, mas existem outros escritos históricos que tratam essa viagem como de fato tendo acontecido.

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