Atos 8:4 - “No entanto os que foram dispersos iam
por toda parte, anunciando a palavra.”
Introdução
Hoje certamente é um dia
de grande festa, júbilo em toda a Igreja Presbiteriana do Brasil.
Festa justa, merecida.
Como diz o spot da IPB veiculado pelo site: “Igrejas evangélicas existem muitas, mas poucas tem 150 anos de
história.”
Como colocamos no boletim
de nossa igreja domingo passado, são 150 anos de história muito bem vivida.
Mas apersentemos algumas
informações importantes sobre a IPB
·
Oficialmente a IPB
é a segunda denominação evangélica a chegar ao Brasil. A chegada de Ashbell
Green Simonton no dia 12 de Agosto de 1859 é o marco inicial do
Presbiterianismo no Brasil, 4 anos depois da chegada do casal de missionários
da igreja congregacional Robert e Sarah Kalley em 10 de Maio de 1855.
·
Mas se formos
buscar mais a fundo na história a primeira experiência Calvinista do mesmo ramo
de onde surge o presbiterianismo é no ano de 1557 com a chegada dos Rev. Pierre
Richier e Guillaume Chartier, huguentotes franceses enviados por Calvino a
colônia francesa na baía de Guanabara, a França Antártica, a chegada foi no dia
07 de março, o primeiro culto foi em 10 de março e a primeira ceia no dia 21 de
março.
·
Poucas igrejas têm
dado uma contribuição tão grande ao país na questão da educação como a IPB
através de seus colégios e institutos de ensino superior. São
o 9 Seminários teológicos;
o 9 Escolas presbiterianas de educação regular;
o 10 Institutos bíblicos
o 1 Universidade, o Mackenzie, considerado entre as
melhores instituições de ensino superior do Brasil nas avaliações do MEC.
São sem nenhuma dúvida
muitos motivos de orgulho e alegria. Junte-se a isso as duas agências de
missões a JMN e APMT, além da missão Caiuá recentemente alvo de elogiosa
reportagem na Rede Globo.
Reconhecidamente é uma
igreja que prima pelo saber, pela adoração consciente e uma fé baseada em
convicções concretas, fundamentadas única e exclusivamente na Bíblia, a Palavra
de Deus longe dos experiencialismos e ventos de doutrina tão comuns no nosso país.
Sem dúvida a IPB é a
igreja mais pentecostal que existe, acham que não, vejam como de acordo com a
doutrina da soberania de Deus dependemos sempre da ação do Espírito Santo de
Deus que age segundo seus propósitos.
Mas isso tudo pode ser
apenas história, se isso não se traduzir numa igreja cheia
do Espírito Santo, de poder, de temor e de sabedoria.
Será apenas história se não for uma igreja
cheia de ardor missionário.
Os discípulos de Jesus receberam uma ordem e uma
promessa.
Em Atos 1.4 - deveriam permanecer em Jerusalém até
que
Em Atos 1.8 - receberiam o Espírito Santo para
pregar o evangelho por todos os lugares começando por Jerusalém.
E partiram com grande ardor fundando as IPs em
Roma, Eféso, Filadélfia, Galácia etc.
Para que cumpramos a grande comissão de Jesus (Mateus
28.18-20) é preciso que sejamos uma igreja cheia de ardor missionário.
Três ações são necessárias para cumprirmos esta
tarefa:
1)
Evangelização
Podemos ser uma igreja cheia de muitas coisas
e histórias.
Mas sem nenhuma dúvida, o que mais faz da
igreja na terra o corpo vivo de Jesus é o fato dela se importar com aqueles que
estão vivendo no reino das trevas.
A exemplo de Jesus, devemos olhar a multidão, ovelhas que não possuem pastor, e ter compaixão por ela (Mateus 9.35-36). Nada nos torna mais imagem e semelhança de Deus do que o fato de nos doarmos para que aqueles que estão mortos nos seus delitos e pecados tornem a viver.
A exemplo de Jesus, devemos olhar a multidão, ovelhas que não possuem pastor, e ter compaixão por ela (Mateus 9.35-36). Nada nos torna mais imagem e semelhança de Deus do que o fato de nos doarmos para que aqueles que estão mortos nos seus delitos e pecados tornem a viver.
Após a descida do Espírito Santo em Atos 2,
quando da festa de pentecostes até Atos 7, vemos o crescimento da igreja apenas
na cidade de Jerusalém. Após a morte de Estevão veio sobre a igreja um tempo de
perseguição (8.1) espalhando os cristãos para Judéia e Samaria (8-12) e até os
confins da terra (13-18).
A igreja já estava crescendo em Jerusalém, mas
parece-nos que Jerusalém ainda era uma zona de conforto. Era necessário sair e
se expandir até Judéia e Samaria (Atos 11.19-21). Muitas vezes eu e você
estamos na igreja, fomos salvos, estamos convivendo com os irmãos, até
recebendo algumas novas pessoas. "Está tão bom aqui...".
Temos que sair da nossa área de conforto.
Muitos fora da igreja (ou dos prédios da igreja) estão morrendo. Existe uma
multidão que não possui pastor, que o Salmo 23 ainda não faz sentido algum para
elas, precisamos nos arrepender de não ter esta paixão pelos perdidos e clamar
a Deus que acenda o fogo no nosso coração.
À igreja primitiva em Jerusalém foi
necessária uma perseguição para que saísse. E que nós, nesta hora, possamos nos
dispor, sem reservas, a levar o evangelho da salvação a todos, a partir da
nossa casa até onde existir uma pessoa que ainda não ouviu do amor de Jesus.
2)
Discipulado
Cumprir a Grande Comissão de Jesus começa com a
proclamação das boas novas de salvação. Mas não podemos restringir o ardor
missionário a apenas falarmos sobre Jesus. Precisamos sim fazer discípulos de
todas as nações.
E para fazer discípulos é necessário não apenas
falar de Jesus, mas transmitir a vida de Jesus para nosso próximo. Em Atos
11.22-26, vemos Paulo e Barnabé dedicando um ano do seu ministério na cidade de
Antioquia para fazer discípulos, e assim a pessoa de Cristo foi formada nos
novos convertidos e o vs. 26, nos diz que numerosa multidão foi ensinada, e os
discípulos foram chamados de cristãos (pessoas de Cristo ou pequenos Cristos).
Em João 7.38 Jesus nos diz que "Quem
crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água
viva". Nestes dias tenho pensado sobre isto, recebemos uma porção
linda das águas purificadoras de Jesus, mas água parada dá dengue. Temos uma
missão a cumprir: Levar o pecador à salvação, o novo convertido à maturidade e
da maturidade à liderança ou ao ministério. Se não nos envolvermos com as
pessoas, transferirmos o depósito de Deus a elas, pastorear as vidas, sarar
suas feridas, chorar com os que choram, abrir nossas casas, compartilhar o que
temos, vamos acabar como um depósito de água que apodrece.
Discipulado é doação, é envolvimento. Uma igreja
cheia de ardor missionário se envolve com as pessoas e faz delas discípulos de
Cristo, no poder do Espírito Santo.
3)
Envio
Como é bom ver a igreja crescendo. Muitos sendo
alcançados, discipulados e batizados, se tornando membros do corpo vivo de
Jesus. Isto está acontece graças ao mover de Deus na nossa igreja, cidade e em
nosso país.
À medida que cresce, discipula e batiza os seus, a
igreja não pode apenas olhar para dentro, mas precisa agora olhar os campos que
estão brancos. João 4.35: "Não dizeis vós que ainda há quatro
meses até à ceifa? Eu, porém, vos digo: erguei os olhos e vede os campos, pois
já branquejam para a ceifa".
Quando vemos as possibilidades de colheita
lembramos das palavras de Jesus em Lucas 10.2-4: "E lhes fez a
seguinte advertência: A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai,
pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara. Ide! Eis que
eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa, nem
alforje, nem sandálias; e a ninguém saudeis pelo caminho".
Em Atos 13.1-3 vemos que a igreja de Antioquia
agora estava forte e possuía uma boa liderança, era hora de enviar. Separaram
Barnabé e Saulo e foram enviados até os confins da terra.
Uma igreja cheia de ardor missionário reconhece que
um dia foi campo missionário, mas agora deve se tornar em uma base missionária.
Nossa casa já foi alvo de evangelização, agora ela é igreja do Senhor, uma base
de missões e nós somos ministros para esta hora.
Conclusão
Muitas vezes ficamos dentro de nossa igreja apenas falando para as mesmas pessoas. E esperando o agir do Espírito. É claro que a Palavra de Deus atua mesmo assim. Mas cabe uma pergunta: Quem foi que nos deu o direito de falar de Jesus 10, 30 ou 50 vezes a uma pessoa, enquanto milhares de pessoas ainda não ouviram sobre o amor de Deus. (Romanos 10.13-15).
Muitas vezes ficamos dentro de nossa igreja apenas falando para as mesmas pessoas. E esperando o agir do Espírito. É claro que a Palavra de Deus atua mesmo assim. Mas cabe uma pergunta: Quem foi que nos deu o direito de falar de Jesus 10, 30 ou 50 vezes a uma pessoa, enquanto milhares de pessoas ainda não ouviram sobre o amor de Deus. (Romanos 10.13-15).
É necessário manter o ardor missionário na IPB, na
nossa parte da IPB, em nós mesmos.
Uma igreja com 10, 50, 100, 150 ou 500 anos, mesmo
com uma bela história como a nossa, só faz e fará sentido se existir para
glorificar o nome de Deus através da proclamação da sua palavra.
Mensagem pregada na 1ª IPB Petrolina em 12/08/2009 – Culto 150 anos da IPB
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