
O Patrimônio Interior do Cristão Neste Mundo em Cristo.
O objetivo desta lição e levar o leitor a refletir profundamente, a meditar muito sobre os comos e porquês, numa época em que a atitude mais popular é "não se envolver. Esperamos que o leitor "Firme Seus Valores" e maneira desafiadora.
Martinho Lutero disse:
"Quem prega o evangelho em todos os seus aspectos, menos nas questões relacionadas com os problemas de seu tempo, não está pregando o evangelho."
Embora ele fosse um monge do século XVI sua mensagem é um apelo à relevância. E foi com muita coragem que ele se aplicou às causas que realmente Importavam. Ele viu a igreja "doente", paralisada pela tradição, corrupção e apatia. Ele removeu os entulhos secos de uma formalidade sem sentido, desafiou interpretações bíblicas inexatas, e pregou toda a verdade, correndo o risco de ser considerado herege. E à medida em que o Espírito Santo lhe dava novas revelações e forças para prosseguir destemidamente, ele deu pulso firme a um novo grupo de cristãos - os "protestantes" - levando-os a uma reforma da igreja, um movimento que estava destinado a dar ao mundo os elementos essenciais da fé. Admiramos o trabalho dele até os dias de hoje.
Mas, talvez tenhamos necessidade de uma "nova" reforma. Nessas duas últimas décadas do século XX, os cristãos precisam de uma palavra nova, vital, para nosso tempo. Não novas revelações. Nem novas doutrinas. E nem mesmo um novo sistema teológico, necessariamente. O que precisamos é uma mensagem, firmemente ancorada em bases bíblicas, que tenha um sabor de relevância - de realidade autêntica. É a mesma verdade antiga, na linguagem de hoje. Nos dias de Lutero, isso implicou numa coisa: a necessidade de esclarecimentos para dissipar a ignorância.
Hoje implica em outra: uma nova forma de comunicação para dissipar a indiferença.
FINANÇAS
“Por que depositar a nossa confiança naquilo que a traça consome?”ultura Cristã
Leituras
Provérbios 23:4-5 ; 28:20,22
1 Timóteo 6
Filipenses 4:11-12
Isaías 51:1
Lucas 12
Marcos 4:19
Mateus 6:24
INTRODUÇÃO
Uma análise do problema do dinheiro é que nossas
contas bancárias estão sempre precisando de suplemento, estamos sempre
precisando de mais e mais, e nunca é suficiente, para dar conta trabalhamos
cada vez mais e mais também, acumulamos diversas atividades para dar conta das
nossas necessidades. Mas estamos sempre e cada vez mais na lista dos
endividados, a única coisa que muda é a quantidade de zeros em nossas dívidas.
Não temos como negar que o dinheiro ocupa uma parte
importante de nossas vidas, do nosso dia a dia, mesmo quando mantemos uma
perspectiva cristã sobre ele, nos afastando da cobiça.
O QUE A BÍBLIA FALA SOBRE DINHEIRO
Para a surpresa de muita gente, a Bíblia diz bastante
sobre o dinheiro. Ela fala sobre questões como ganhar, gastar, economizar, dar,
investir e até sobre desperdiçar dinheiro. Mas, em nenhuma de suas abordagens,
ela sugere que o dinheiro possa dar verdadeira segurança ao seu possuidor.
Provérbios 23:4,5
"Não te fatigues para seres rico; não apliques
nisso a tua inteligência. Porventura fitarás os teus olhos naquilo que não é
nada? pois certamente a riqueza fará para si asas, como a águia que voa pelos
céus."
Quase dá para enxergar isso, não é? Zzzássss! E tudo
se evapora, para sempre! Não que o dinheiro seja um mal em si mesmo. Ou que
aqueles que o possuem sejam ímpios. Vamos de uma vez por todas enterrar aquela
ideia antiga: "Deus ama os pobres e odeia os ricos." Não há nenhum
texto em que Deus diz que condena os ricos por serem ricos. É certo que ele
despreza o lucro desonesto, o enriquecimento por motivação errônea, e a falta
de uma generosidade compassiva por parte dos ricos. Mas alguns dos mais santos
homens da Bíblia, mesmo de acordo com os padrões atuais, eram homens pr6speros:
J6, Abraão, José, Davi, Salomão, Josias, Barnabé, Filemom e Lídia, para citar
apenas alguns.
UM CONSELHO ANTIGO AINDA VALIOSO
1 Timóteo 6:4-10
“É enfatuado nada entende mas tem mania por questões e
contendas de palavras de que nascem Inveja, provocação difamações, suspeitas
malignas, altercações sem fim por homens cujo a mente é pervertida, e privados
da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro. De fato, grande fonte de
lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo,
nem cousa alguma podemos levar dele; tendo sustento e com que nos vestir ,
estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação e cilada e
em muitas concupiscências insensatas e perniciosas as quais afogam os homens na
ruína e perdição. Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males e alguns
nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmo se atormentam com muitas dores”
1 Timóteo 6:17-19
“... manda aos ricos deste mundo que não sejam
altivos, nem ponham a sua esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que
nos concede abundantemente todas as coisas para delas gozarmos; que pratiquem o
bem, que se enriqueçam de boas obras, que sejam liberais e generosos,
entesourando para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam
alcançar a verdadeira vida.”
Leia os textos tendo em mente o seguinte, o primeiro
trecho é para aqueles que têm pouco dinheiro e um aviso, o segundo é uma
instrução para os que têm muito dinheiro.
Paulo emprega a palavra Piedade no verso 5 e
depois a associa no verso seguinte com contentamento e nos dá uma fórmula
básica para a felicidade
PIEDADE + CONTENTAMENTO = GRANDE LUCRO
Um constante e autêntico caminhar com Deus + Uma
atitude de satisfação e paz interior (independente da situação financeira) = É
o que constitui uma grande riqueza.
O que é que constitui grande riqueza para o homem.
Certamente não é o dinheiro a luz da afirmativa acima. É, na verdade, uma atitude de satisfação (o que basta é
suficiente), aliado a uma paz interior (isto é, ausência de aflição), mais uma
comunhão diária com Deus, de minuto a minuto. Parece tão simples, tão certo e
tão bom, não é? Neste nosso mundo, onde a palavra de ordem é mais, mais e mais,
ou esforçar, esforçar, pegar tudo o que puder. O segredo é estar contente com o
que temos
Filipenses 4:11,12
“Não digo isto por causa de necessidade, porque já
aprendi a contentar-me com as circunstâncias em que me encontre. Sei passar
falta, e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou
experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome; tanto em ter
abundância, como em padecer necessidade.”
Portanto,
estar contente com a nossa atual situação é uma arte que devemos aprender e não
uma Virtude com a qual já nascemos.
1. Uma
perspectiva certa com relação a eternidade: "Porque nada temos trazido para
o mundo, e nada podemos levar dele"
(1 Timóteo 6:7)
2. Uma simples
aceitação das necessidades básicas: "Tendo sustento e com que nos vestir
estejamos contentes" (1 Timóteo 6:8)
Quando resumimos a vida no
que ela tem de essencial e tentamos simplificar nosso estilo de vida é mais fácil
contentar-nos com o que temos. O versículo 8 especifica essas coisas
essenciais: o que comer, o que vestir e um teto sobre a cabeça. Tudo que passar
disso podemos considerar como extraordinário.
O que acontece é que a tática de ataque da sociedade é provocar
insatisfação em nós, convencendo-nos de que precisamos estar constantemente em
busca de alguma coisa que não temos, a qual certamente irá fazer-nos felizes.
Quando reduzimos essa mentira ao nível mais baixo, verificamos que ela está
dizendo que o contentamento só é possível, se estivermos lutando para obter
mais e mais. E no entanto a Palavra de Deus diz exatamente o contrário: só é
possível termos contentamento, se pararmos de
lutar para obter mais. A satisfação pessoal nunca decorre de coisas externas.
Nunca! Certa vez um sábio grego disse: "Quem não se satisfaz com pouco,
não se satisfaz com nada."
Na peça de Shakespeare King Henry VI Third
Part (Rei Henrique VI, Terceira Parte) há um momento em que o rei está
vagueando sozinho pelo seu reino, e encontra dois homens que o reconhecem.
Então um deles pergunta:
“Mas se tu és o rei, onde está tua
coroa?” E o rei responde:
“Minha coroa está no coração
e não na cabeça. Não é adornada de diamantes, nem pedras indianas. Não é
visível; minha coroa chama-se contentamento; É uma coroa que poucos reis
possuem”
"Promessas, só promessa
Talvez o aspecto mais devastador e mais demoníaco dos anúncios comerciais seja
sua prática de persuadir nos de que os bens materiais nos trarão alegria e
sentimento de realização. Os anunciantes prometem que seus produtos irão
satisfazer nossa necessidade mais profunda e nosso anseio de sermos amados,
sermos aceitos, de termos segurança e realização sexual.
Depois de falar para os que
não são ricos Paulo chama a atenção para os que querem ficar ricos. Falamos de
uma pessoa que não consegue descansar e não vai parar enquanto não se tornar
rica. A palavra querem do verso 9 em vez de significar desejo ou vontade
(palavras que dão ideia de um anseio passageiro) sugere uma resolução firme,
uma forte determinação. E não é exagero dizer que ela pode conter até a ideia
de que a pessoa se acha possuída pela mania de ficar rica. O que nos ajuda a
compreender por que a advertência que se segue tinha que ser tão severa:
aqueles que querem ficar ricos caem em tentações (armadilhas inesperadas), e em
muitos desejos tolos e perniciosos que, em última instância, os levam à
destruição.
E o mais interessante é que,
ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a busca das riquezas - e mesmo
a posse delas - não faz com que o pássaro azul da felicidade entre em nossa
vida gorjeando alegremente. Pelo contrário, o macabro e doentio urubu do
tormento e da miséria é que sobrevoa nossa carcaça.
Vejamos o que Salomão diz:
Provérbios 28:20,22
“O homem fiel gozará de
abundantes bênçãos; mas o que se apressa a enriquecer não ficará impune. Aquele
que é cobiçoso corre atrás das riquezas; e não sabe que há de vir sobre ele a
penúria.”
RAIZ DE TODOS OS MALES
A advertência de Paulo não
diz que o dinheiro é um mal em si mesmo e sim que o amor a ele é que é. Os que
vivem nessa busca acumulam riscos de ordem espiritual e pessoal. “O dinheiro
não é bom nem mau; é apenas perigoso e pode tornar-se maléfico. Com dinheiro o
homem pode tanto fazer coisas boas quanto más. Com dinheiro uma pessoa pode
egoisticamente, atender seus próprios desejos; mas pode atender generosamente
às necessidades daqueles que o cercam.”
Para os que são ricos Paulo
alerta claramente:
1. Não sejam orgulhosos
2. Não depositem esperança na
instabilidade da riqueza
3. Torne-se uma pessoa generosa
CONCLUSÃO
Durante seu ministério Jesus
muitas vezes falou sobre barreiras que atrapalham o relacionamento das pessoas
com Deus. Uma dessas barreiras é o dinheiro:
• Ele ensinou que "a fascinação das riquezas" atua no
sentido de sufocar a verdade das Escrituras, impedindo que elas deem fruto na
vida do indivíduo (Mc 4.19).
• Ensinou também que precisamos guardar-nos "de toda e qualquer
avareza", já que a vida não consiste, realmente, nas coisas que Possuímos
(Lc; 12.15).
• Ele chegou mesmo a dizer que "onde está o vosso tesouro, aí
estará também o vosso coração" (Lc 12.34),
• Mas a frase mais importante de todo o seu ensino acerca dessa
questão é uma que resume tudo: "Não podeis servir a Deus e às
riquezas" (Mt 6.24).
QUESTÕES PARA DEBATE
• De todas as ideias que vimos, qual a que lhe ocorre como sendo a mais
importante? Veja se sabe enunciá-la com suas próprias palavras.
• Releia o texto de 1 Timóteo 6, e recorde as três categorias de
pessoas que ele apresenta. Algum ponto problemático?
• Nosso olhos e Ouvidos estão sob um Constante ataque da artilharia
pesada do mundo. Os meios de comunicação estão continuamente transmitindo sua
mensagem. Qual é essa mensagem, especificamente? Nas próximas vezes em que
assistir televisão, preste bastante atenção aos comerciais. Por trás das belíssimas tomadas de câmera, e
dos textos bem elaborados está um poderoso apelo. Quando estiver vendo,
converse com alguém sobre isso. Fale sobre o impacto que o comercial lhe causa,
quando se deixa envolver por ele.
• Seja bem sincero nas respostas das perguntas seguintes. Você está
envolvido pela síndrome de viver acima de suas posses? Esta tomando
providências para modificar esta atitude? Cite algumas. Hoje é mais possível
para você alcançar um equilíbrio financeiro do que era há um ano? Há dois anos?
Qual a sua principal fraqueza no manejo do dinheiro?
• E por último, sua contribuição para a igreja ou para os outros
está sendo como devia ser? É proporcional a sua renda? Será que você seria
reconhecido como generoso se outros soubessem sua renda?
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