Esse post é bem específico para os membros da IPB.
De há muito vejo esse debate, se o melhor é atuar com ministérios ou com sociedades. Os radicais do tradicionalismo apregoam que sociedades internas é o único modelo aceitável. E os radicais da contemporaneidade juram que o modelo de ministérios é o que funciona.
Pois bem longe de radicalismos de parte a parte, eu acho que os dois lados estão certos, e ao mesmo tempo os dois lados estão errados.
Há muita coisa a ser levada em consideração para que uma igreja escolha um dos modelos, ou mesmo uma situação híbrida.
No mundo atual fica um pouco difícil acreditar que separação por faixas etárias e sexo seja a melhor forma de trabalhar. Vide um post anterior sobre a EBD em que abordo essa mesma divisão. Mas com isso não quero dizer que nunca funcione.
Cada igreja tem suas peculiaridades, deve se levar em conta características da comunidade, da formação de seus membros, idade dos mesmos.
Lembro de minha infância quando via as SAFs se reunirem com frequência durante a semana a tarde. É algo quase impensável hoje em dia. Mesmo na minha adolescência, lembro que estudávamos apenas 8 meses por ano, e nem existiam grandes atividades fora do colégio. Hoje são 10 meses e muitas outras atividades paralelas.
Isso impede o trabalho? Não. Mas nos obriga a criar e pensar alternativas mais sensatas. Me parece completamente anacrônico e um desperdício de tempo as plenárias como antigamente, muitos relatórios estatísticos que servem apenas para serem lidos e engavetados.
Por outro lado para alguns grupos como crianças, adolescentes e jovens tem várias vantagens em trabalhar em grupos próprios por conta dos interesses.
Outra coisa a se abordar é o perigo das sociedades virarem igrejas dentro da igreja com programações próprias, concorrentes e desconexas. Precisa-se que haja uma coordenação de trabalhos como forma de juntar recursos numa forma de trabalho mais inteligente e mais produtiva.
Por outro lado os ministérios podem incorrer num ativismo exagerado onde algumas áreas da igreja se sobrepujam a outras, dando-se muita importância e destaque a algumas em detrimento das outras. Vide o que tem acontecido comumente com os ministérios de louvor. No meu entender até uma nomenclatura errada, deveria ser apenas ministério de música.
De fato também não compreendo muito bem o que faz um ministério de oração, já que a explicação para os ministérios é afinidade, e oração não me parece uma coisa de afinidade, e sim obrigação de todo cristão.
Por fim, para que não fique por demais extenso, acho que os dois formatos podem ser usados e úteis, em conjunto ou separadamente e vejo essa briga como uma coisa muito mais de vaidade.
Acho que o caminho é uma coordenação central que defina objetivos e metas por um planejamento de trabalho e, quer sejam ministérios ou sociedades, esse planejamento seja conhecido e seguido.
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