“Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do céu.” Eclesiastes 3.1
Temos sido escravos de uma ditadura e nem percebemos. Ela chegou aos poucos, sorrateiramente com a pós-modernidade e o avanço tecnológico. Bem devagar ela foi nos tornando autômatos cada vez mais escravizados pela “necessidade” de velocidade em tudo.
Tudo tem que ser encarado e resolvido prontamente, tudo ganhou ares de urgência em nossa vida. Como todas as coisas são urgentes atropelamos uns aos outros na solução das mesmas.
O estresse gerado pelo eterno correr atrás de tudo virou até sinônimo de eficiência. Se você não é estressado é porque não é trabalhador. Será mesmo?
Mas por que somos e até gostamos de ser tão ocupados?
Vaidade – para nos sentirmos importantes
Indolência – quando deixamos que emergências determinem a nossa agenda
Ansiedade – insegurança quanto ao futuro
Passamos muitas vezes o dia com o celular a mão aguardando “aquela” ligação urgente, que nem sabemos se virá, mas ficamos a cada dez minutos olhando para ele a fim de termos certeza de que está funcionando e estará pronto para quando formos chamados.
O pior é que isso tem se refletido em nosso comportamento enquanto cristãos, o mesmo imediatismo nas nossas relações, a importância em pregar a tempo e fora de tempo, tem se confundido com uma pressa desenfreada de matraquear sem parar sem sequer sentir, conhecer e conviver com as pessoas.
C.S. Lewis tem uma frase fantástica sobre essa questão: “Ponha as primeiras coisas em primeiro lugar e teremos as segundas a seguir; ponha as segundas coisas em primeiro lugar e perderemos ambas.”
E o que dizer da falta de planejamento e definição de objetivos. Abraham Lincoln dizia que “Se tiver 9 horas para cortar uma árvore passarei 6 horas afiando o machado.” Pensar, planejar e só depois executar. Lembremos que a agenda de Jesus não era determinada pela urgência das necessidades mas pelo propósito do Pai.
Precisamos de momentos de relaxamento, paz e tranqüilidade. Desligar-se e desligar o celular em alguns momentos, como na hora do culto é bom. Conversar duas ou três abobrinhas com nosso amigo é bom. Descansar, ler e meditar é bom. Parar, refletir, planejar os passos também é muito bom.
Vamos andar mais devagar, contemplar mais a beleza dos que nos cerca, usufruir mais das bênçãos recebidas dia a dia.
Pb. Alexandre Placido
“Não gaste seu tempo em nada de que venha a se arrepender mais tarde; em nada acerca de que não possa orar pedindo a bênção de Deus; em nada que você não consiga recordar com uma consciência tranqüila em seu leito de morte; em nada em que você não possa ser encontrado a fazer, com toda segurança e propriedade, se a morte o surpreender no ato.” Richard Baxter
GOSTEI
ResponderExcluirVou lembrar das abobrinhas quando vc me chamar pra ir embora no domingo.