Vez por outra participo de algumas conversas em grupos de WhatsApp de assuntos cristãos. Coisas que me cansam sobremaneira nesses grupos:
1. O mono tema. Parece que todo o arcabouço doutrinário gira em torno de predestinação e eleição.
2. A imensa dificuldade das pessoas lerem o que está escrito de forma objetiva.
3. A propensão quase total de estabelecerem por suas cabeças o que os outros pensam, definir qual argumento que querem combater, em geral é uma False Flag[1] ou como prefiro um espantalho, e passar a definir o que o outro lado pensa.
Exatamente dentro desse quadro me deparei com uma pessoa que me traz afirmações peremptórias como as que passarei a analisar a seguir.
“Não fazia parte dos planos de Deus ,isso foi um investimento em cima de Jó tanto de satanás como de Deus. Isso não aconteceu por que Deus planejou, mas sim por que satanás acusava a Jó diante de Deus ,que Jó era fiel por que Deus dava tudo para ele, ou seja, que Jó era fiel só por causa das bênçãos de Deus .
E Deus queria mostrar a satanás que jó era fiel não era só por causa de bênção.
Deus não planejou que o diabo fosse a Deus para incitar a Deus contra Jó. Mais satanás foi até Deus para acusar a Jó e para incitar Deus contra Jó .
E disse o Senhor a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal, e que ainda retém a sua sinceridade, havendo-me tu incitado contra ele, para o consumir sem causa(Jó 2:3)
Isso não era plano de Deus foi satanás que incitou Deus contra jó .”
Como se diz aqui no Nordeste, nesse caso Deus se comportou como cacimba, engoliu corda. Esse argumento é até simples de derrubar. Antes de tudo afirmo que entendo a história de Jó com sendo com “H”, ela não é uma metáfora ou parábola, de fato é o registro de um acontecimento verdadeiro.
Dito isso, vamos as considerações. Deus é quem trás o assunto da vida de Jó ao foco. Ele é quem indaga a Satanás como fica claro nos versos 6 a 8 do primeiro capítulo de Jó.
“Num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles. Então, perguntou o SENHOR a Satanás: Donde vens? Satanás respondeu ao SENHOR e disse: De rodear a terra e passear por ela. Perguntou ainda o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal”
Vemos claramente que Deus sabia sobre a observação de satanás e que dentro dos seus planos para Jó, Deus iria usa-lo. Tampouco nos parece crível que a agenda de Deus possa ser pautada por satanás como meu interlocutor afirma ao dizer que Deus queria mostrar para o diabo que Jó era mesmo servo e em seguida sugerir que todo o desdobrar da história foi motivado por esse desafio. Aliás esse tipo de visão de querer provar que está certo é um outra coisa que muito me incomoda em debates. Claro que na argumentação do outro debatedor ele coloca apenas parte da citação bíblica que lhe parece conveniente.
Em seguida ele faz afirmações sem qualquer lastro nas Escrituras. Indo mais a fundo afirmações que demonstram uma total incompreensão do que seja a Soberania de Deus e que até mesmo afrontam a Onipotência e Onisciência de Deus.
Afirma ele que: “(1)Na terra tem coisa que acontece que é plano de Deus. (2)Tem coisas que acontecem, que é plano do homem. ( a)tem planos do homem que Deus impede. (B) Mas tem planos do homem que Deus não impede. (3) E tem coisas que acontecem na terra que é plano de satanás. “ e se larga a citar exemplos dos quais trataremos alguns. Maa antes de tudo esquece ou desconhece passagens bíblicas como:
Salmo 103:19: “O Senhor estabeleceu o seu trono nos céus, e como rei domina sobre tudo o que existe. “ - Salmos 103:19
Crônicas: 29.11: “Teus, ó Senhor, são a grandeza, o poder, a glória, a majestade e o esplendor, pois tudo o que há nos céus e na terra é teu. Teu, ó Senhor, é o reino; tu estás acima de tudo.”
Jeremias: 32.27: “Eu sou o Senhor, o Deus de toda a humanidade. Há alguma coisa difícil demais para mim?”
Salmos: 91.1-2: “Aquele que habita no abrigo do Altíssimo e descansa à sombra do Todo-poderoso. Pode dizer ao Senhor: Tu és o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio.”
Jeremias: 32.17: “Ah! Soberano Senhor, tu fizeste os céus e a terra pelo teu grande poder e por teu braço estendido. Nada é difícil demais para ti.”
Salmos: 145.3: “Grande é o Senhor e digno de ser louvado; sua grandeza não tem limites.”
Salmos: 24.1: “Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem.”
Daniel: 2.20-22: “E disse: Louvado seja o nome de Deus para todo o sempre; a sabedoria e o poder a ele pertencem. Ele muda as épocas e as estações; destrona reis e os estabelece. Dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos que sabem discernir. Revela coisas profundas e ocultas; conhece o que jaz nas trevas, e a luz habita com ele.’
1 Samuel: 2.7: “O Senhor é quem dá pobreza e riqueza; ele humilha e exalta.”
Salmos: 139.1-5: “Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me sento e quando me levanto; de longe percebes os meus pensamentos. Sabes muito bem quando trabalho e quando descanso; todos os meus caminhos te são bem conhecidos. Antes mesmo que a palavra me chegue à língua, tu já a conheces inteiramente, Senhor. Tu me cercas, por trás e pela frente, e pões a tua mão sobre mim.”
Deuteronômio: 10.17: “Pois o Senhor, o seu Deus, é o Deus dos deuses e o Soberano dos soberanos, o grande Deus, poderoso e temível, que não age com parcialidade nem aceita suborno.”
Salmos: 135.5: “Na verdade, sei que o Senhor é grande, que o nosso Soberano é maior do que todos os deuses.”
Lucas: 1.37: “Pois nada é impossível para Deus.”
Romanos: 8.38-39: “Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes. Nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.”
Romanos: 1.20: “Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis.”
1 Timóteo: 1.17: “Ao Rei eterno, ao Deus único, imortal e invisível, sejam honra e glória para todo o sempre. Amém.”
Romanos: 13.1-2: “Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos.”
Ufa! Existem outros tantos. Afirmar que a agenda de Deus é condicionada por desejos do diabo ou humanos é de forma absurda limitar o poder de Deus. Há uma confusão muito grande na mente das pessoas que defendem esse tipo de posicionamento. Primeiro elas acham que Deus deve ser defendido ante acusações humanas e vivem tentando justificar ações divinas para suavizar a imagem de um Deus Terrível e que tudo faz absolutamente como lhe agrada, Deus esse que não se enquadra no vovozinho bonachão.[2] Segundo elas tem uma compreensão totalmente equivocada do conceito de DECRETO DE DEUS conforme ensinam as doutrinas da igreja reformada consonante ao que a Bíblia ensina. Não vou discorrer muito sobre a questão Soberania de Deus e Responsabilidade Humana, existe muito material na internet disponível sobre o assunto na forma e vídeo ou texto. Mas basicamente as Escrituras nos ensinam que Deus tem UM PLANO e tudo decretou conforme ele planejou sem qualquer influência externa. O Salmo 135 nos diz que “... o Senhor é grande, e nosso Deus é maior que todos os deuses. O Senhor faz tudo o que lhe apraz, no céu e na terra, no mar e nas profundezas das águas.” O Salmo 115 igualmente nos diz que “Nosso Deus está nos céus; tudo o que deseja, Ele tem o poder de realizar.” Jonatas em 1º Samuel declara que “... não existe nada que possa impedir a vontade de Yahweh de nos dar a vitória, quer sejamos muitos ou poucos!”. Nabucodonosor após ter sua humanidade restituída por Deus se vê obrigado a declarar, em Daniel 4:35, sobre Deus que “Ele age como bem lhe apraz com os exércitos dos anjos e com os habitantes da terra. Ninguém é capaz de se opor à sua vontade ou questioná-lo ...”. E ainda os tripulantes e passageiros do navio que levava Jonas, em Jonas 1:14, declaram no“... porque tu, ó Yahweh, fizeste como te aprouve fazer!”
Não existe na Bíblia nenhuma possibilidade de ideia que Deus possa ser contestado em sua vontade, tampouco surpreendido em seus desígnios. Isso em hipótese alguma anula a responsabilidade do homem sobre suas próprias ações. As pessoas que tem dificuldade em assimilar isso correm como no dito popular como o diabo corre da cruz de textos como os das dez pragas do Egito onde Deus declara várias vezes que “... endureceu o coração de faraó ...” e mesmo assim ao final daquela história afogou faraó e seu exército imergindo-os nas águas como punição a sua perseguição ao povo de Israel ocasionada, ora vejam, pelo endurecimento do coração de faraó. Ou ainda do texto de Ezequiel 38 onde Deus profetiza maldição contra Gogue e diz que colocará “... anzóis em teu queixo e o farei girar e sair com todo seu exército ...” fato que os levará a cumprir o plano de Deus e serem destruídos.
Em Genesis 20 já vemos algo diferente, Deus impedindo Abimeleque de pecar.[3] Se Deus pode fazer isso, muita gente pergunta, por que então não impediu Adão de pecar? Por que não deteve a Satanás? Se você de forma arrogantemente e rápida responde “porquê não quis” concorda comigo imediatamente também, ou seja o homem pecou porquê Deus queria que ele pecasse. Se você diz que Deus não o impediu porque queria ver no que ia dar, você me diz que acredita num Deus que se surpreende com o desenrolar da história, e se para amenizar isso você diz que Ele sabia o que aconteceria mas não tinha como impedir a vontade humana nesse caso você faz dele um ser limitado, e absolutamente esse não é o Deus da Bíblia.
Poderíamos trazer tantas outras situações, o próprio Judas, o traidor, destinado desde a eternidade a cumprir esse papel. Mas vamos apenas reafirmar três coisas que deixam bem claro o que a teologia reformada pensa a respeito disso:
1. Deus é inteiramente soberano, em todo sentido, sobre todas as coisas, incluso sobre a vontade humana. Mas a soberania de Deus não tira nem diminui em forma alguma a responsabilidade humana.
2. Os homens são completamente responsáveis; são responsáveis pelos seus atos, são responsáveis de obedecer, de crer, de fazer a vontade de Deus, responsáveis por tudo quanto fazem. Mas em sentido nenhum a responsabilidade humana tira ou diminui a soberania de Deus.
3. Não existe contradição alguma entre estas duas verdades. Paulo em Romanos 9:11-24 dá uma exposição das duas coisas. O leitor deveria realizar um cuidadoso estudo dos argumentos apresentados pelo apóstolo em Romanos 9 em defesa desta verdade. Também muitos outros versículos declaram juntamente estas duas verdades. Veja por exemplo Atos 2:23, Lucas 22:22, Atos 4:24-28, Atos 13:45-48 e 2 Tessalonicenses 2:8-14.
A incapacidade humana é explicada:
- O homem caído não só é incapaz de fazer o bem espiritual, senão também é culpável de sua própria incapacidade.
- O homem é culpável porque tem continuado na mesma rebelião de Adão. Este caiu voluntariamente e nós nele (Veja Romanos 5:12). Mas, como uma raça, temos continuado em rebelião até o dia de hoje. Cada ser humano tem participado voluntariamente da mesma rebelião de Adão. O fato de que nenhuma pessoa liberada a si mesma queira arrepender-se e voltar-se a Deus é a prova de sua rebelião.
- É necessário entender a distinção entre a incapacidade física (natural) e a incapacidade moral (espiritual). Por exemplo, existe uma diferença entre a cegueira de Bartimeu e a cegueira daqueles que fecham seus olhos para não ver. Existe uma diferença entre os que são surdos de nascimento e aqueles que cobrem seus ouvidos para não ouvir a verdade. A capacidade natural (física) tem a ver com as faculdades que recebemos como seres humanos, por exemplo: a capacidade de pensar, de falar, de ver, de ouvir e sobre tudo, de escolher. Os homens têm mente e vontade e a capacidade de escolher o que desejam. Qual é, então, o problema? O problema radica em seus "desejos". Por natureza os homens não têm o desejo de serem salvos; não querem vir a Cristo.
Afirmações como Plano de Deus condicionado a vontade humana diminui e limita o poder de Deus como já dissemos acima. Boa parte do texto do meu interlocutor que não vou reproduzir aqui para não ser cansativo é uma sucessão de repetições de que tem coisas que Deus não queria mas mesmo assim o homem realizou, já fizemos nossas considerações mais acima sobre esse tipo de visão. Um quase aparte nas considerações, o interlocutor usa o Salmo 8 verso 5 como sendo uma referencia ao homem quando na verdade o texto se refere a Jesus encarnado e a partir desse exegese equivocada ele passa a tecer alguma considerações igualmente equivocadas:
Deus quando criou o homem ele fez um pouco menor do que os anjos (salmos 8:5).
Por que Deus criou o homem um pouco menor que os anjos?
Deus criou o homem um pouco menor porque Deus não queria novos demônios .
Deus criou os anjos perfeitos imortais.
Se Deus tivesse criado o homem, como os anjos ou seja no mesmo nível que os anjos ,Deus teria que fazê-los imortais, só que Deus já via que se criasse o homem no mesmo nível dos anjos os homens seriam imortais e ao pecar eles seria como satanás e os demônios imortais e sem perdão.
Então Deus criou o homem um pouco menor que os anjos. Deus criou o homem mortal . Porque já sabia que o homem iria pecar.
O texto acima está meio confuso mas vamos tentar destrincha-lo. Primeiramente como já afirmamos as duas primeiras frases são equivocadas a partir da exegese mal feita já prejudicada. A Bíblia nos diz que toda a criação de Deus foi feita para Sua própria glória[4] Não conseguimos ver qual texto bíblico pode ser usado para essa divagação entre Deus criar novos anjos e ele se rebelarem novamente e por isso resolver criar homens que já seriam desde sempre mortais. Mais uma vez vemos as ações de Deus segundo ele sendo condicionadas por decisões e ações de outros.
Uma outra afirmação que não encontra consonância com as Escrituras está posta:
Através da prova no deserto vai ser demonstrado, revelado através das obras, atitudes, ações e palavras o que há no coração do homem. Porque mesmo que Deus saiba o que tem no coração do homem , o homem não pode ser julgado por isso e sim pelo aquilo que o seu coração revelou através das obras, ações e palavras .
Bem, Davi nos diz que em pecado foi concebido, ou seja a ele já estava imputado o pecado independente de qualquer ação que viesse a tomar ao longo de sua vida.[5] Não há qualquer possibilidade pelo menos a luz da Bíblia para afirmar que Davi seria um filho ilegítimo fruto da traição de sua mãe como alguns tentam afirmar para desconsiderar tal versículo. A refutação do pecado original é uma tarefa inglória se formos usar a Bíblia. Primeiramente é uma falácia a ideia que a doutrina do pecado original só surgiu em Agostinho, a expressão “pecado original” é de fato atribuída como inicialmente usada por Agostinho, no entanto da mesma forma que a palavra “trindade” não está explicitada na Bíblia e é um conceito quase unânime no cristianismo, mesmo não tendo sido proferida nem por Jesus, nem por nenhum dos apóstolos e só tendo sido assumida a partir de Tertuliano. Vamos enxergar a incapacidade do homem em fazer o bem por si só devido a sua natureza decaída em diversos textos bíblicos: João 6:44; Romanos 8:7-8; Efésios 2:1-5; Colossenses 2;13; Lucas 18:27; 2ª Coríntios 4:6; Tiago 4:1; João 8:44. O Dr. Martin Loyd-Jones tem um artigo muito interessante que trata das causas porque os homens tanto evitam o conceito de depravação total[6] nesse artigo ele nos diz que “... não há nada que ofenda tanto o homem natural como o evangelho que lhe diz que ele é salvo unicamente pela graça de Deus que ele, como um mendigo, tem que aceitar como uma dádiva gratuita.”
Mas trazendo mais uma afirmação do nosso interlocutor: “Deus já sabia o que tinha no coração de Jó, mas o diabo não. O diabo não sabia o que tinha no coração de Jó ... O diabo não sabia qual era o tamanho da fé de Jó.” Ora, não temos como saber exatamente o que passava na cabeça de satanás tendo visto que a Bíblia não nos diz, é plausível achar que o diabo achasse que poderia demonstrar uma falsa fé em Jó? Sim é bem plausível, mas será plausível que Deus sentisse necessidade de provar a santanás alguma coisa? Isso já não tem qualquer razoabilidade, parece mais o conceito do filme Constantine baseado em quadrinhos do mesmo título, onde Deus parece jogar um cabo de guerra com o diabo onde a corda é a humanidade.
Afora isso lendo todo o livro de Jó identificamos a razão de Deus ter usado o diabo na vida de seu servo Jó. O próprio Jó nos diz isso em duas afirmações maravilhosas, “... nenhum dos teus planos pode ser frustrado ...” se referido a Deus. Paremos em silêncio obsequioso por alguns instantes e vamos degustar essa afirmação, nada, absolutamente nada nem ninguém pode frustrar os planos de Deus. Repetindo, não existe força no universo, na criação, nem mesmo na eternidade que possa evitar o cumprimento do decreto de Deus, impedir a execução de seus planos. A segunda afirmação de Jó nos apresenta a conclusão objetiva do plano de Deus que o fez passar por tantas dificuldades. Aquele que antes conhecia a Deus, mesmo já sendo um servo fiel e justo, com certa distância e incompreensão agora declara que seus “... olhos ...” veem claramente a Deus, Jó usa de uma metáfora poética para dizer que tudo que ele passou o aproximou ainda mais do entendimento e conhecimento de Deus e de seu poder sobre tudo.
A ideia de que Deus precisa mostrar que é mais poderoso que satanás não condiz com nada que vemos nas escrituras, pelo contrário ele já sabe que está derrotado desde sempre e apenas ruge como uma fera ferida que tenta desesperadamente infligir, sem sucesso, algum mal ao seu oponente, vitorioso e que o esmagou, o Nosso Senhor Jesus Cristo.
Mais uma vez afirmamos, a agenda de Deus segue apenas e exclusivamente, como nos diz Paulo em Efésios 1, o conselho de sua própria vontade.
[1] Operação de bandeira falsa (False flag em inglês) são operações conduzidas por governos, corporações, indivíduos ou outras organizações que aparentam ser realizadas pelo inimigo de modo a tirar partido das consequências resultantes.
[2] “Tu és terrível! Quem subsiste à tua frente, quando ficas irado? Do céu fazes ouvir a sentença: a terra teme e permanece calada quando Deus se levanta para julgar e salvar todos os pobres da terra” (Salmo 76,8-10).
“Não fiques aterrorizado diante deles, pois Iahweh teu Deus, que habita em teu meio, é Deus grande e terrível” Deuteronômio 7:21
[3] Em Números capítulos 20 e 22 e em 2a Crônicas 17 outros momentos em que Deus impediu o homem de pecar.
[4] Efésios 1:4-6; Isaías 43:6-7; 49:3; Salmo 106:7-8; Romanos 9:17; êxodo 14:4,18; João 7:18; 16:14; 2a Tessalonicenses 1:9-10
[5] Sallmo 51
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