Leia 1ª Timóteo 6:3-21
Hoje encerramos a primeira carta de Paulo a Timóteo. Embora endereçada a uma pessoa é lícito supor que o desejo de Paulo era que a carta fosse lida para toda a igreja.
Pela terceira vez nessa carta Paulo traz o assunto dos falsos mestres e falsos ensinos. Desta feita ele adiciona a ideia de que esses falsos mestres estivessem em busca de vantagens pessoais, dividindo a igreja por ganância. A necessidade de contendas vazias, sem aplicações práticas parecia ser para Paulo um indicativo de falsidade dos mestres.[1] Ele traz duras palavras contra aqueles que contendem contra a sã doutrina:
1. Enfatuados – Cheios de si mesmos.
2. Nada entendem – Mentes cauterizadas para enxergar a verdade em função de preconceitos e ideologias.
3. Mania por questões e contendas de palavras – Os chamados debatedores do sexo dos anjos;
E lista consequências disso: “... inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim ...”.
Paulo faz um contraponto entre riqueza material[2] e a verdadeira riqueza de ter a Cristo, “... grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento ...”. Num exemplo de contentamento com o que nos é provido por Deus Paulo declara que temos “... com que nos vestir ...” já está tudo bem[3].
Nem Paulo nem a Bíblia em algum momento condena a riqueza em si, tampouco defende um conformismo em relação a situações de dificuldade financeira, porém cita claramente que a busca por melhores condições pode muito facilmente conduzir a ciladas e a concupiscências que destroem levando a ruína espiritual e a perdição.
Em seguida vem um dos textos bíblicos dos mais repetidos pelo povo e absolutamente de forma incorreta, não é o dinheiro que é a raiz de todos os males, mas sim o amor, o apego a ele. Dinheiro é apenas um meio de obtermos nosso alimento e nosso vestir, mas quando o dinheiro passa a ser um fim em si mesmo, pelo status que ele promove aí sim passamos a ter um grande problema.
Paulo exorta Timóteo a se prevenir disso e buscar a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão. Ele faz então mais uma doxologia, que é bem comum nos escritos de Paulo:
“a qual, em suas épocas determinadas, há de ser revelada pelo bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores; o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível; a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!”
Então encerra sua carta mais uma vez fazendo algumas exortações, contra o orgulho, apego e confiança nas coisas materiais e insta a busca pelo sólido fundamento na fé e na confiança na vida eterna. E novamente contra falsos ensinos com debates inúteis que falsamente apresentam um aura de sabedoria.
Comentários
Postar um comentário