¡ TULIP
§
Por conta
de um acróstico feito com seus enunciados em inglês, também é conhecido pela
expressão TULIP;
¡ Ponto 3 – Expiação Limitada (Limited
Atonement)
§
Expiação
– Um processo que volta a unir duas partes que antes estavam separadas formando
uma unidade;
§
O pecado
estabeleceu um profundo abismo separando Deus e a humanidade;
§
Para
restabelecer a unidade era necessário um sacrifício que removesse o pecado e a
culpa;
§
Expiação
portanto é a obra de Cristo na cruz para reconciliar o homem com Deus;
§
Jesus
tomou o lugar dos pecadores, e toda a culpa e punição dos eleitos foram
transferidas para Ele;
§
Segundo
R.C. Sproul, a expiação pode ser resumida nas afirmações a seguir:
▪
1.
Expiação envolve pagamento para quitar um débito.
▪
2. Os
seres humanos não podem fazer expiação por seus próprios pecados.
▪
3. A
perfeição de Jesus o qualificou para fazer a expiação.
▪
4. Cristo
cumpriu a maldição da Antiga Aliança.
▪
5. A
expiação de Cristo foi uma obra de substituição e de satisfação.
▪
6. O Pai
e o filho trabalharam juntos em harmonia para efetuar nossa reconciliação.
§
A doutrina
da expiação é central em toda a teologia cristã.
§
Lutero
chamou o cristianismo de teologia da cruz.
§
A figura
de uma cruz é o símbolo universal do cristianismo.
§
O
conceito de expiação o retrocede ao Antigo Testamento, onde Deus estabeleceu um
sistema pelo qual o povo de Israel pudesse fazer expiação por seus pecados.
§
Ao
receber a ira de Deus na cruz, Cristo
pôde fazer expiação por seu povo. Ele carregou, ou recebeu sobre si o castigo
pelos pecados da humanidade. (Gl 3.13).
§
O
cristianismo ortodoxo tem insistido em que a expiação envolve substituição e
satisfação. Tomando a maldição de Deus sobre si, Jesus satisfez as exigências
da santa justiça (1 Ts 1.10).
§
Uma
frase-chave na Bíblia, concernente à expiação, é "em nosso favor".
Jesus não morreu por si mesmo, mas por nós. Seu sofrimento foi vicário; ele foi
o nosso substituto. Ele tomou nosso lugar assumindo o papel do Cordeiro de Deus
que tira o pecado do mundo.
§
Embora a
ira de Deus seja real, devemos notar que a expiação que Cristo fez não era o
Filho operando contra a vontade do Pai.
§
Pai e Filho,
queriam a salvação dos eleitos e trabalharam juntos para sua concretização.
Conforme o apóstolo Paulo escreveu, " Isto é, Deus estava em Cristo
reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós
a palavra da reconciliação." (2 Co 5.19)
§
O termo
limitada não significa que a obra de Cristo seja incompleta ou imperfeita;
§
Pelo
contrário, ao afirmar que ela foi realizada para atingir apenas os eleitos
torna-a totalmente eficaz;
§
Se
houvesse dependência da vontade humana, estaríamos afirmando que a obra de
Cristo seria limitada em sua eficácia;
§
Pai e
Filho, queriam a salvação dos eleitos e trabalharam juntos para sua Ele é
limitada na sua abrangência, porque intencionalmente assim foi determinada;
§
A Bíblia
afirma que nenhum plano de Deus pode ser frustrado; (Jó 42:2);
§
Logo
Cristo morreu apenas por suas ovelhas, as quais lhe foram dadas pelo Pai. (João
10:11-15)
¡ Ponto 4 – Graça Irresistível (Irresistible
Grace)
§
Deus
realiza seu propósito nos eleitos operando a verdadeira conversão:
▪
Faz com
que ouçam o evangelho; e
▪
Poderosamente
ilumina suas mentes para o entendimento através do Espírito Santo;
§
Pela ação
eficaz do Espírito, os eleitos são regenerados e assim dá-lhes a capacidade
discernir as coisas do Espírito;
§
Enternece
o coração endurecido, circunda o que estava incircunciso e dá qualidade a
vontade humana anteriormente morta e escravizada pelo pecado;
§
A graça
de Deus é irresistível por que ao ser-lhe aberto o entendimento é impossível
resistir eficazmente a ela;
§
Os
chamados humanos podem ser eficazes ou não, mas Deus tem o poder de chamar
eficazmente os mundos à existência, chamar corpos para fora do túmulo e chamar
as pessoas da morte para a vida espiritual;
§
As
pessoas podem ouvir o chamado exterior de Deus, por meio do evangelho e
rejeitar. Seu chamado interior, entretanto, é sempre eficaz. Sempre produz os
resultados desejados.
§
O chamado
de Deus surte efeito. Quando Deus chamou o mundo à existência, o universo não
hesitou em atender a voz de comando. O efeito desejado por Deus na criação foi
alcançado. Semelhantemente, quando Jesus chamou Lázaro para fora do túmulo,
Lázaro respondeu voltando à vida.
§
O chamado
eficaz está relacionado com o poder de Deus ao regenerar o pecador da morte
espiritual. Às vezes esse chamado é referido como "graça
irresistível". Refere-se ao chamado de Deus que por seu soberano poder e autoridade
produz seu designado e ordenado efeito. Quando Paulo ensina que aquele a quem
Deus predestinou, a esse ele chama, e aqueles a quem chamou também justifica,
(Rm 8.30) o chamado a que se refere é a vocação eficaz de Deus.
§
A vocação
eficaz se refere ao poder criador de Deus pelo qual somos conduzidos à vida
espiritual. O apóstolo Paulo escreve:
§
"E
vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, Em que noutro tempo
andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar,
do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos
nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da
carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros
também." Ef 2.1-3
§
Nós, que
antes éramos filhos da ira e estávamos espiritualmente mortos, nos tornamos os
"chamados" pela virtude do poder e da eficácia da vocação interior de
Deus. Em sua graça, o Espírito nos dá olhos para ver o que não veríamos e
ouvidos para ouvir o que de outra maneira não ouviríamos.
¡ Ponto 5 – Perseverança dos Santos
(Perseverance of the Saints)
§
Esse
ponto é uma consequência lógica dos anteriores;
▪
Se o
homem é totalmente depravado e nada pode fazer para justificar a si mesmo;
▪
Se Deus é
soberano na questão da eleição que baseia-se apenas em seu querer;
▪
Se a
morte de Cristo se deu em favor dos eleitos do Pai justificando-os;
▪ Se Deus chama os eleitos de forma irrestível;
É perfeitamente natural entender que Deus os preservará para si e eles perseverarão até o fim;
Richard Belcher (Reformed Theological Seminary – Charlotte)
§
A maioria
conhece pessoas que fizeram profissão de fé e que tiveram uma forte
manifestação de fé, envolvendo-se ativamente na vida e no ministério da Igreja,
e que mais tarde repudiaram a fé e se tornaram "afastados"
espirituais.
§
Tais
evidências sempre suscitam a pergunta: pode uma pessoa, uma vez salva, perder a
salvação? A apostasia é um presente e claro perigo para o crente?
§
A igreja
Católica e muitos protestantes pensam que as pessoas podem perder se cometem um
pecado e não se arrependerem antes de morrer. Se a pessoa morre antes de ser
restaurada ao estado de graça por meio do sacramento e penitência, irá para o
inferno.
§
Hebreus
6 e a preocupação de Paulo sobre
tornar-se "desqualificado" (1 Co 9.27), além de Saul e outros, levam
a conclusão de que as pessoas podem cair da graça.
§
A
teologia reformada, por outro lado, ensina a doutrina da perseverança dos
santos, a qual às vezes é chamada também a doutrina da "segurança
eterna".
§
Em
essência, essa doutrina ensina que se você possui a fé salvadora, nunca irá
perdê-la; se você a perde, é porque nunca teve. Conforme João escreve:
"Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam
conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós."(1
Jo 2.19).
§
É
possível as pessoas ficarem enamoradas de elementos do cristianismo sem jamais
abraçar o próprio Jesus Cristo.
§
A
doutrina da preservação não se baseia em nossa capacidade para perseverança,
mesmo sendo regenerados. Pelo contrário, descansa na promessa de Deus de nos
preservar.
§
Paulo
escreve aos Filipenses: "Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós
começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;" (Fp 1.6).
"E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes
também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou." (Rm
8.30).
§
Paulo
prossegue e declara que nada "nos poderá separar do amor de Deus, que está
em Cristo Jesus nosso Senhor." (Rm 8.39).
§
Temos
segurança porque a salvação é do Senhor;
§
Uma base
final de confiança se encontra na obra sacerdotal de Cristo, que intercede por nós. Assim como Jesus orou pela
restauração de Pedro (e não pela da Judas), ele também ora pela nossa
restauração quando tropeçamos e caímos.
§
Podemos
permanecer caídos por algum tempo, mas nunca total ou definitivamente.
§
"As
minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; E dou-lhes
a vida eterna, e nunca hão de perecer, eninguém as arrebatará da minha mão. Meu
Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las da mão de
meu Pai. Eu e o Pai somos um.” (Jo 10.27-30).
§
Muitas
pessoas fazem uma profissão de fé em Jesus Cristo e depois o repudiam.
§
A
perseverança dos santos nas promessas de Deus de preservar os santos.
§
Deus
completará a salvação dos eleitos.
§
Aqueles
que se desviam da fé nunca foram verdadeiramente crentes.
§
Podemos
ter certeza de nossa salvação porque fomos selados com o Espírito Santo. Ele é
a garantia de Deus de que nossa salvação será completada.
§
A
intercessão de Cristo visa nossa preservação.
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