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O que diz a Bíblia sobre ...






Esse post vai ser um pouco longo, mas é necessário que assim seja.

Essa semana conversando com uma pessoa próxima com quem não falava há muito tempo, fui questionado sobre alguns assuntos envolvendo a Bíblia. Possivelmente os questionamentos tiveram origem nessa discussão sobre homossexualidade envolvendo os Deputados Marcos Feliciano, que também é pastor de uma igreja criada pelo mesmo, e  Jean Wyllis, autoproclamado porta voz da comunidade LGBT. Para mim esse é um daqueles filmes que só tem bandido, nenhum mocinho.

Não é o assunto desse post, mas como já reiterei em diversos momentos, acho que a discussão começa equivocada e segue equivocada por ambas as partes. Aos cristãos digo que deveriam lembrar que mesmo que a Bíblia afirme que algumas atitudes são pecados diante de Deus, ela também, afirma que devemos tratar bem a todos, inclusive aos inimigos, e a amar o próximo, e enfatiza várias vezes o julgamento temerário, que nada mais é do aquele comportamento estilo faça o que digo, mas não faça o que eu faço. Em relação ao lado dos homossexuais lembro que o fato de eu gostar de algo não implica que os demais obrigatoriamente devam gostar. E respeitar, é aceitar, mas não concordar. E direito de opinião é algo inerente a democracia.

Mas ao longo do post talvez volte um pouco mais a essa questão. Mas propus que a pessoa me fizesse algumas perguntas e são essas que tentarei responder de forma mais detalhada. Não tenho a pretensão aqui de ser o dono da verdade, mas de apresentar a visão cristã reformada. E para isso é necessário estabelecer alguns princípios:

  •  A Bíblia é a Palavra de Deus revelada, e tem que ser entendida como um todo, por ser a Palavra de um Deus perfeito ela não pode conter erros;
  • O Deus revelado é um Deus Soberano e Todo-Poderoso que não deve satisfação a ninguém, por não ter sido criado e onde tudo que existe veio a existir;
  •  Toda a Bíblia de alguma forma nos leva a mirar a sua mensagem central que a morte de Jesus Cristo como expiação dos pecados daqueles que Ele mesmo tomou para si, não sendo necessário assim mas nenhum ato;
  •  Toda e qualquer interpretação da Bíblia deve ter sobretudo como base ela mesmo, e nada pode ser inferido de forma a acrescentar ou a ir de encontro ao que ela revela sobre Deus e sua Igreja;


Tendo essas premissas, vamos iniciar nossas respostas.


1.    Porque mataram Jesus?

Jesus foi morto porque isso fazia parte do Plano Divino desde a eternidade. O pecado do homem gerou inimizade entre o Deus Santo e o Homem maculado pelo pecado. Era necessário o sacrifício cabal que só seria possível pela morte e ressureição do Cordeiro Perfeito. Não existe outra forma do homem se reconciliar com Deus que não seja através do sangue de Jesus derramado na cruz.

Referências: Romanos 3:23; 6:23; 5:1-2; 1o João 1:1-10; João 3:16; Genesis 3; Isaías 53; Atos 4:12; Mateus 4; Lucas 4:17


2.    Faz sentido ter rituais e leis judaicas se Jesus não foi aceito como Messias?

De fato Jesus veio para os seus (Israel) mas os seus não o receberam. Porém desde sempre a salvação de Deus foi extensiva a todo o mundo. Com isso não digo que todos serão universalmente salvos, mas que de todo mundo, haverá de termos salvos. Em relação aos rituais, precisamos separar o joio do trigo, entre o que eram ritos obedientes a vontade de Deus e aos que foram criados apenas pelos homens. Haveria de se buscar caso a caso a contextualização dos mesmos. Uma coisa importante a ressaltar é que o mau uso de uma verdade não a torna uma mentira. Quem a usa pode ser um fraudador, um farsante, mas nem por isso a torna menos verdadeira. Da mesma forma que uma mentira, mesmo usada com boas intenções não deixa de ser uma mentira.
A personalidade e importância de Jesus, da revelação e da lei Divina, não tem absolutamente dependência do que Israel enquanto nação e organização social fizeram dela.
Importante ressaltar que em muitos momentos Jesus se posicionou contra o establishment religioso da época, criticando rituais vazios, hora criados pela mente humana, e hora mesmo sendo ordenanças divinas sendo feitos apenas por aparência de piedade mas sem sinceridade de coração.
Esse conceito vale também para hoje. Muitos praticam atos, achando que os atos em si mesmo os justificam, e os que verdadeiramente compreendem o Cristo e o Deus revelado, vem que a mera letra apenas mata, mas que é necessário entender a nossa expiação e resgate em Cristo e assim praticar o bem com amor e verdade.
Mas só sinceridade também não basta, é preciso entender e conhecer a vontade de Deus para praticá-la, e isso é revelado na própria Bíblia.

Referências: Mateus 3:7; 4; 12:34; Lucas 4:17; João 1:11;


3.    Jesus foi contra o comércio na Igreja.

Fato. E o que muitos tem feito hoje em transformar a igreja de Cristo num balcão de negócios equivale a vilipendiar o ato de Jesus na cruz. A Bíblia condena isso veementemente. E aqueles que o assim fazem serão responsabilizados pelo fim de suas ovelhas que estão sendo enganadas por falsos pastores.
Porém convém ressaltar que fraudes existem em todos os meios, e devem ser combatidas por aqueles que tem conhecimento da verdade.
Um outro engano que tem sido cometido é em relação a dízimos e ofertas. Como qualquer associação a igreja tem despesas a serem pagas, e para isso é necessário que os membros contribuam, como o fariam em qualquer outra associação. O que é necessário é o façam espontaneamente e com sinceridade de coração, já que ninguém deve ser extorquido ou constrangido a faze-lo. Vamos lembrar, cito como exemplo, que a Igreja Presbiteriana do Brasil da qual faço parte, é responsável pela missão indígena que é referencia nacional, a missão Caiuá, sendo inclusive requisitada constantemente pelo governo federal para assumir o lugar de outras ONGs que não tem apresentado resultados. Além de ser responsável por várias instituições de ensino de reconhecida qualidade pelo Brasil. Uma das formas da Igreja ser agente de mudanças sociais é através de trabalhos de recuperação de drogados, e isso é feito em parte com as doações de ofertas dos membros das mesmas.

Referências: Mateus 21:12-13; Lucas 19:45; 1a Coríntios 9:18; Jeremias 7:11


 4.    Quando Jesus é contra os homossexuais?

Primeiramente Jesus nunca foi ou é contra a pessoa e sim contra a prática. Temos textos explícitos tanto no Velho quanto no Novo Testamentos condenando a prática homossexual, inclusive usando a famigerada palavra “abominação”. Em momento algum Jesus diz que o Velho Testamento tenha sido revogado, pelo contrário, além de afirmar que Ele veio cumprir a Lei e não revoga-la, em vários outros momentos Ele faz referencia ao Velho Testamento em textos de Moisés, Isaías, Salmos entre outros. Inclusive no Sermão do Monte, onde a maioria só conhece as bem-aventuranças, Jesus em vários momentos explica exatamente conceitos baseados na Lei, ampliando o entendimento, como por exemplo ao dizer que se um homem olhar para outra mulher com pensamentos libidinosos ele já adulterou mesmo sem completar o ato sexual. O que está errado é a ênfase dada por muitos cristãos ao pecados relacionados a sexualidade como se esses fossem mais pecado, ou piores, do que a mentira, a falsidade, o egoísmo por exemplo. Em momento algum isso ocorre na Bíblia. Uma outra forma de demonstrar como é o pensamento de Cristo em relação ao pecado é o caso da adúltera que lhe foi trazida. Ele não compactuou com ser apedrejamento, primeiro porque Jesus conhecia o falso coração dos que a acusavam, segundo a perdoando, mas ao mesmo tempo disse taxativamente:  “Vá e não peques mais.”

Referências: Levítico 15:24; 20:13; Romanos 1:16-32; Mateus 5:17; Deuteronômio 32:46; Gálatas 5:3; Marcos 7:9; Lucas 10:25 a 29; Mateus 23:23


 5.    Ser Cristão é sobretudo amar ao próximo como a ti mesmo.

Primeiramente deixe-me dizer que por engano muitas pessoas acham que esse texto aparece pela primeira vez na boca de Jesus. Não. Ele aparece duas vezes no Velho Testamento, uma em Deuteronômio, outra em Levítico. E mais ela foi dita por um discípulo e não pelo próprio Jesus. Porém muitos esquecem do verso anterior ao amarás ao teu próximo, que é “Amarás, pois, o SENHOR, teu Deus, e todos os dias guardarás os seus preceitos, os seus estatutos, os seus juízos e os seus mandamentos. “ Ou seja o resumo do cristianismo não é apenas amar ao próximo e sim fazer isso como consequência do amar a Deus sobre todas as coisas guardando assim seus mandamentos, inclusive amar ao próximo.

Referências: Deuteronômio 6:5; Lucas 10:27; Mateus 22:37; Marcos 12:30; Levítico 19:18; Deuteronômio 11:1


 6.    Se você come camarão ou porco está contra as leis da Bíblia

“Na revelação progressiva de Deus, mandamentos anteriores são substituídos por posteriores. Em questões que não envolvem alteração em nenhum padrão moral intrínseco (que é baseado na natureza de Deus), o Senhor tem a liberdade de alterar os mandamentos que ele deu às suas criaturas, de forma a servir a seus propósitos gerais, dentro do processo de redenção. Por exemplo, podemos comparar isso com os pais que, numa fase da vida de seus filhos, deixam-nos comer com a mão, para mais tarde ensina-los a usar uma colher. Posteriormente, ainda, eles instruem seus filhos a não mais usarem uma colher, mas sim um garfo. Não há contradição alguma nesse processo” (Norman Geisler[i]). Como a resposta aqui seria muito extensa sugiro uma olhada no link http://www.estudosgospel.com.br/diversos/duvidas-biblicas/e-pecado-comer-carne-de-porco.html


7.    E a questão dos Odres Velhos e Odres Novos em Lucas 5:36 a 39?

Aqui é imprescindível analisar o contexto da afirmação de Jesus. Naquele momento Ele estava num debate com os Fariseus, e a figura dos odres tem a ver com as velhas práticas religiosas que haviam virado meros rituais vazios de conteúdo e de sentido. Uma maneira nova de entender as Palavras de Cristo era necessária, fora da prisão de uma religião legalista. Uma sentença clara dita por Jesus nesse contexto é que a religião pervertida dos fariseus não poderia jamais ser recuperada. Jesus nesse texto faz algumas analogias:

Em Mateus 9:14-17 (Mc 2:18-22; Lc 5:33-39), Jesus responde aos seus críticos gentilmente, mas ilustra o inevitável do conflito: como pode pano novo ser usado para remendar roupa velha? Como pode o explosivo vinho novo ser contido em velhos e inflexíveis odres?
primeira analogia feita por Jesus sobre o remendo novo na roupa velha passa por duas tensões: uma estrutural e outra estética. A estrutural tem a ver com o encolhimento do pano, uma vez que, com a primeira lavagem, a tensão no pano velho provocaria um rasgo maior do que antes (Mc 2:21). A estética em razão de o remendo novo fazer a roupa velha parecer ainda mais desbotada e velha (Lc 9:36). Às vezes, o velho é irreparável e tem simplesmente que ceder lugar ao novo. 
segunda analogia usada por Jesus para responder a seus críticos simplesmente reforça a mensagem da primeira; isto porque certas coisas não se ajustam. Os homens, Ele disse, não colocam vinho novo, ainda fermentando e expandindo, em velhos e ressecados odres porque eles se rasgam e são destruídos e o vinho novo escorre e se perde (Mt 9:17).”[ii]
  
Referências: Mateus 9:14-17; Marcos 2:18-22; Lucas 5:33-39


8.    O Velho Testamento existe apenas para ligar Davi e Jesus.

Parte da resposta a esta questão já está nas respostas 1 e 2. Mas essa afirmação é um equívoco. De fato Jesus é citado já no primeiro verso da Bíblia onde no original hebraico, o sentido é de que as três pessoas da trindade criaram o mundo conjuntamente. Isso reforçado em João quando Jesus é apresentado como o LOGOS que estava com Deus e era Deus. Para em seguida ser dizer que todas as coisas foram feitas por Ele e sem Ele nada se fez. Toda a Bíblia como um livro único leva-nos a figura de Cristo e seu sacrifício vicário na cruz. Não faltam no velho testamento referencias a Cristo através da vida de vários personagens, como Isaque, José, Moisés, Elias, Davi e outros. Uma coisa que muitos esquecem, inclusive entre os cristãos, é que na genealogia de Jesus, são listadas duas mulheres, o que j;a era surpreendente para a cultura de época e pior de má reputação. Rute e Raabe. Ambas foram redimidas, abandonaram seus pecados e reconheceram a Deus como Senhor de suas vidas, e ambas como outros muitos foram justificados pelo sangue de Jesus.

Referências: Genesis 1:1; 3:15; João 1:1-10; Mateus 21:42


 9.    Como João Batista e Elias são a mesma pessoa?

Não são. Como está lá nos pressupostos de interpretação bíblica temos que ter cuidado ao pegar um único texto isola-lo e daí tirar uma conclusão definitiva. Existe um texto em Lucas que é muito usado no meio espírita para afirmar que João Batista seria a encarnação de Elias. Porém esse texto não afirma isso, e sim que João viria no mesmo espírito de Elias, e não que seria a reencarnação dele. Olhando o contexto da missão de João como anunciador do Messias. O próprio João Batista nega essa ideia. Olhe a tabela a seguir que reforça a comparação entre os ministérios:

JOÃO BATISTA
ELIAS
João Batista foi perseguido por uma mulher(Herodias) e por um rei (Herodes).
"Pois João dizia a Herodes: Não te é lícito ter a mulher de teu irmão. Por isso Herodias lhe guardava rancor e queria matá-lo, mas não podia; porque Herodes temia a João, sabendo que era varão justo e santo, e o guardava em segurança; e, ao ouvi-lo, ficava muito perplexo, contudo de boa mente o escutava."
Marcos 6:18-20

"Pois Herodes havia prendido a João, e, maniatando-o, o guardara no cárcere, por causa de Herodias, mulher de seu irmão Felipe; porque João lhe dizia: Não te é lícito possuí-la. E queria matá-lo, mas temia o povo; porque o tinham como profeta."
Mateus 14:3-5
Elias também foi perseguido por uma mulher(Jezabel) e por um rei (Acabe).
"Ao que disse Acabe a Elias: Já me achaste, ó inimigo meu? Respondeu ele: Achei-te; porque te vendeste para fazeres o que é mau aos olhos do Senhor."
I Reis 21:20

"Ora, Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito, e como matara à espada todos os profetas. Então Jezabel mandou um mensageiro a Elias, a dizer-lhe: Assim me façam os deuses, e outro tanto, se até amanhã a estas horas eu não fizer a tua vida como a de um deles. Quando ele viu isto, levantou-se e, para escapar com vida, se foi. E chegando a Berseba, que pertence a Judá, deixou ali o seu moço."
I Reis 19:1-3
João Batista usava uma capa de pelos.
"Ora, João usava uma veste de pelos de camelo, e um cinto de couro em torno de seus lombos; e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre."
Mateus 3:4
Elias também usava uma capa.
"Partiu, pois, Elias dali e achou Eliseu, filho de Safate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele, estando ele com a duodécima; chegando-se Elias a Eliseu, lançou a sua capa sobre ele."
I Reis 19:19
João Batista era intrépido.
"João dizia, pois, às multidões que saíam para ser batizadas por ele: Raça de víboras, quem vos ensina a fugir da ira vindoura?"
Lucas 3:7
Elias também era intrépido.
"Sucedeu que, ao meio-dia, Elias zombava deles, dizendo: Clamai em altas vozes, porque ele é um deus; pode ser que esteja falando, ou que tenha alguma coisa que fazer, ou que intente alguma viagem; talvez esteja dormindo, e necessite de que o acordem."
I Reis 18:27
João Batista foi o último profeta.
A lei e os profetas vigoraram até João; desde então é anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem forceja por entrar nele.
Lucas 16:16
Elias simboliza os profetas. 


A mesma forma de expressão encontramos referente a Eliseu em 2o Reis, e jamais poderia ser Elias reencarnado já que eram contemporâneos. Por último, outra coisa, Elias não morreu, a Bíblia diz que ele foi assunto ao céu sem ver a morte, como poderia então reencarnar?

Referências: Jó 7:9-10; João 3:1-12; Ezequiel 36; Tiago 1:18; 1a Pedro 1:23; João 1:12-13; 2a Coríntios 5:1; João 1:21; 2o Reis 2:15; 2:11


 10. A Bíblia não está acima de Cristo.

De fato, jamais a obra pode superar seu autor. Em sendo Cristo, o próprio Deus, e a Bíblia sua revelação ao homem, como poderia a Bíblia estar acima de Cristo. Porém essa afirmação muitas vezes é usada para desprezar a Bíblia, e aí criamos um Cristo virtualmente ideal para aquilo que acreditamos, e isso não é diferente do que fazem os mesmos que distorcem os ensinamentos bíblicos para criarem rebanhos enganados para autopromoção.
Vou introduzir um conceito baseado nos pressupostos lá do início. Se eu acredito num Deus Soberano, presente, pessoal e todo-poderoso, creio que Ele não deixaria que Sua Palavra, Sua própria maneira de se revelar ao homem incorresse em erros. A própria Bíblia nos afirma que Deus se deu a conhecer ao homem pela Sua Palavra e que tudo que precisamos saber sobre Deus está ali contido. Notem que falei que precisamos saber. Deus é tão transcendente que nossa mente humana jamais poderá compreende-lo integralmente, mas aquilo que Ele sabe como necessário para que tenhamos um relacionamento aprofundado com Ele mesmo, foi revelado na Bíblia.
O que não podemos é nos atribuir uma definição de Deus e de Cristo pescando apenas alguns textos bíblicos. Isso não se faz na montagem do perfil de nenhum personagem histórico sem que se seja acusado de fraude ou no mínimo parcialidade. Não digo que cada um não possa criar para si a divindade que lhe achar conveniente, o que estou dizendo é que crer na Bíblia como palavra de Deus de forma parcial e seletiva nos parece contraditório com o que a própria Bíblia diz de si mesmo. O próprio Jesus afirma a completude em relação a Palavra.

Referências: 2a Timóteo 3:16; Mateus 5:18; Lucas 16:17; 24:27; Salmo 119:105; João 5:39; Mateus 22:29; Jeremias 32:14

Espero estar ajudando a essa pessoa querida mesmo que distante e a quem mais se deparar com tais questionamentos.



[i] Norman Geisler é um apologista cristão e co-fundador do Southern Evangelical Seminary localizado em Charlotte, Carolina do Norte

[ii] Rev. Paulo Cesar Lima

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