Quando somos pegos num erro mesmo numa indiscrição podemos reagir de formas diferentes. Vejamos algumas delas.
1. A negativa - É aquela atitude de negar veementemente o que fizemos mesmo contra todas evidências, esta atitude pode ser muitas vezes acompanhada de violência verbal, ou uma afirmação tentando desacreditar aquele que nos torna claro o engano. Normalmente esse tipo de reação vem com uma comparação do tamanho dos erros, sempre subestimando o próprio equívoco, minimizando-o.
2. A desculpa - É uma das reações mais covardes. E se divide em duas formas. Na primeira podemos usar a famosa frase: "Quem nunca errou que atire a primeira pedra". Frase torcida a partir de um pronunciamento de Jesus que, usada fora de contexto serve apenas mostrar nossa falta de humildade real diante do engano do qual fomos expostos. A outra forma ainda mais covarde é a postura de inocêncio coitadinho, aquela postura de quem se traveste de humildade falsa, para justificar seu erro ou engano por uma supostas condição de inferioridade, seja ela material, intelectual ou mesmo a afirmação hipócrita no estilo, sou mesmo um pecador. Ambas constituem uma falsidade travestida de humildade.
3. O reconhecimento - Esta sem dúvida é a mais difícil porque para o reconhecimento ser verdadeiro implicará em mudança. Reconhecimento da própria dificuldade e limitação e uma busca, um esforço por não mais cometer o mesmo engano novamente. Requer uma dose de determinação que o nosso ser pecaminoso tem uma dificuldade enorme em despender. Mas sem dúvida esse é o melhor caminho.
Essas reações podem ser vistas em vários momentos na relação de Deus com o homem.
Adão e Eva ofereceram transferência de culpa inclusive transferindo parte da culpa para quem os confrontava com o erro. Arão colocou a culpa na vontade da congregação. Saul se irritou contra o profeta por ter sido exposto. Davi ao ser confrontado com seu erro se humilhou diante de Deus. Temos muitos outros exemplos como Acabe, Eli, Pedro, Ananias e Safira e outros. Qual deve ser então a atitude um lider que deve ser exemplo?
Deixo por fim uma frase de Peter Drucker, mundialmente conhecido por seus textos sobre liderança e administração. Não o tomem ao pé da letra, não se trata de um texto bíblico, mas pode mesmo assim nos ensinar algumas verdades úteis nas nossas instituições religiosas.
"Mas exatamente pelo fato de um líder eficaz saber que ele, e ninguém mais, é o responsável, é que não teme a força de seus colegas e subordinados. Os maus líderes a temem; eles procuram sempre atenuá-la.
Um líder eficaz quer ter colegas fortes; ele os inventiva; faz exigências e reconhece o valor deles. Uma vez que ele se responsabiliza pelos erros de seus colegas e subordinados, também considera os triunfos de seus colegas e subordinados como vitória dele, em vez de ameaças. Um líder pode ser pessoalmente vaidoso, ou pode ser humilde. Mas todos querem pessoas capazes, independentes, confiantes à sua volta; eles incentivam seus colegas e subordinados, elogiando-os e promovendo-os.
Um líder eficaz sabe, evidentemente, que há um risco: as pessoas capazes podem ser ambiciosas. Mas percebe que é muito menos arriscado do que cercar-se da mediocridade. Ele também sabe que o que mais depõe contra um líder é quando a organização entra em colapso assim que ele sai ou morre, como aconteceu na Rússia, no momento em que Stalin faleceu, e como acontece com muita frequência nas empresas. Um líder eficaz sabe que a tarefa da liderança é criar energia e visão humanas."
Concluo com uma frase minha: "Cercar-se de mediocridade não o faz mais inteligente e sábio".
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