Confesso que sou um fã da mensagem expositiva da palavra sobre qualquer outro tipo. Mesmo a temática, mais comum. Na verdade gosto muito da temática também e não consigo ver sentido nas que descambam para o alegorismo,
Acho que o uso do recurso de contar historinhas, verídicas ou não, muito arriscado. Vejo esse recurso quase como usar as fábulas de Esopo sempre com um moral da história, que no entanto pode não ser o mesmo na experiência de cada um.
Vejo muitos pregadores utilizarem esse tipo de recurso ao que me parece pela falta do que dizer de forma aprofundada e talvez por subestimar a capacidade do seu público de receber ensinamentos mais encorpados.
Outra falha que comumente vejo é o elevar da voz de forma estridente. Lembro de um fato que me foi contado em que no seminário o aluno por engano entregou seu sermão de prova com anotações ao professor, e anotado em um dos pontos estava: "Lembrar de gritar aqui porque o argumento é fraco". Claro que a palavra não deve ser monocórdia, o uso de entonação empresta a palavra um significado mais forte ou não, mas daí a gritar durante a pregação de forma recorrente, mais uma vez nos parece a situação de quem não sabe como aprofundar o assunto.
Outro recurso muito usado são as palavras de ordem, tipo Aleluia, Louvado seja Deus e Amém igreja? Aliás essa última é engraçada já que transformaram uma afirmação em pergunta. Apelar para manifestações acaloradas da congregação é mais um recurso fácil de mexer com a emoção do pessoal.
O poder de quem está pregando sempre é muito grande, e a responsabilidade maior ainda, e estes devem ser exercidos com muito cuidado e preparo.
Encerro com um vídeo do Rev. Augustus Nicodemus falando sobre a pregação da Palavra.
Comentários
Postar um comentário