Nos tempos do Antigo Testamento, a dignidade da mulher
dependia dos filhos que gerava, especialmente filhos homens e em quantidade.
Ser mãe era o que tornaria a mulher um ser humano reconhecido. Esse contexto
nós podemos conferir na história de Ana, de Sara, Tamar, Lia e Raquel.
No Novo testamento temos Maria. A mãe que sintetiza muito
bem um novo tipo de maternidade. Ela é uma jovem mulher que concebe uma criança
em condições de mistério, que não tem reconhecimento da sociedade. Fica
sozinha. Prestes a perder seu noivo. Depois, dá à luz em condições precárias.
Revela-se profetiza e corajosa. É uma mulher inteligente e presente na vida de
Jesus e educa seu filho com desapego, preocupação e liberdade. Temos ainda a
mãe desesperada que busca cura para a sua filha, implorando a Jesus que olhe
por ela, tendo. Teve tremenda coragem, pois debateu com Jesus e fez com que
Jesus “mudasse de idéia”.
Em outras ocasiões também Deus se revela como uma mãe (veja:
Is 42.14; 49.15; 66.13).
Normalmente neste dia tendemos a cantar exaltações ao papel
de mãe. Hoje não vamos fazer diferente, mas vamos fazê-lo por outra óptica.
Vamos lembrar que ser mãe é um papel muito importante que o
Senhor escolhe para dar a muitas mulheres. Às mães é dito que amem seus filhos
(Tito 2:4-5), sejam compassivas (Isaías 49:15ª).
Os filhos são presentes do Senhor (Salmos 127:3-5). A
palavra grega “phileoteknos” (Tito 2:4) representa um tipo especial de
“mãe-amor”. A idéia que esta palavra evoca é de “preferir” nossos filhos,
“cuidar” deles, “alimentá-los”, “abraçá-los” com amor, “satisfazer suas
necessidades”, “amavelmente ser amiga” de cada um como único vindo da mão de
Deus. A Escritura nos ordena para que sejam “mãe-amor”. Isso será feito dando
aos filhos:
· Disponibilidade
– manhã, tarde e noite (Deuteronômio 6:6-7).
· Envolvimento
– interagindo, colocando pontos de vista, pensando e processando a vida juntos
(Efésios 6:4).
· Ensinamento
– sobre as Escrituras, a visão bíblica do mundo (Salmos 78:5-6, Deuteronômio
4:10, Efésios 6:4).
· Treinamento
– ajudando o filho a desenvolver habilidades e descobrir seu potencial
(Provérbios 22:6).
· Disciplina
– ensinando o temor do Senhor, ensinando seus limites de forma consistente,
amorosa e firme (Efésios 6:4, Hebreus 12:5-11, Provérbios 13:24, 19:18, 22:15,
23:13-14, 29:15-17).
· Nutrição
– provendo um ambiente de constante apoio verbal, liberdade de falhar,
aceitação, afeto e amor incondicional (Tito 2:4, II Timóteo 1:7, Efésios
4:29-32, 5:1-2, Gálatas 5:22, I Pedro 3:8-9).
· Exemplo
com integridade – vivendo de acordo com o que ensina, sendo um modelo com o
qual o filho possa aprender “captando” a essência de um viver piedoso
(Deuteronômio 4:9, 15, 23; Provérbios 10:9, 11:3; Salmos 37:18, 37).
Ser mãe, nunca deve ser encarado como um fardo cansativo e sim como um privilégio dado por Deus.
Assumir essas responsabilidades é na verdade o grande
privilégio que é ofertado às mães que se traduz em amor, cuidado, educação e
encorajamento.
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