Por vezes ao dirigir uma
reunião tive que em alguns momentos agir de forma mais dura para impor a ordem
nas discussões.
Nada que já não tenha
feito em outros momentos. Nada de mais na verdade.
Muito bem, depois de uma
reunião fui procurado por uma das pessoas que me disse: "Acho voce um
pouco autoritário, mas hoje gostei muito da forma como conduziu a
reunião."
Já a algum tempo tenho
me tornado imune a maioria dos elogios, sobretudo os feitos em determinadas
condições.
Nesta mesma oportunidade
uma outra pessoa que já me fez de certa forma o mesmo elogio em outras
oportunidades desta vez, ficou de cara emburrada, achando que exagerei.
O que diferencia uma
situação da outra? Apenas o interesse que cada um tinha no assunto em
discussão. Tanto nesse, quanto no outro momento.
Não quero aqui falar de
minha chateação em ter que administrar vaidades, orgulhos e necessidades de
lisonjas pessoais.
Interessante tanto mais
ao notar que esse tipo de situação ocorreu em mais de um momento, inclusive com
os papéis se invertendo ao longo do dia.
Procurei na Bíblia
algumas referências sobre os meus sentimentos. Alguns textos já eram presentes
em minha mente, mas outros não lembrava, mas abaixo reproduzo alguns:
Porque, como bem sabeis, nunca usamos de palavras
lisonjeiras, nem houve um pretexto de avareza; Deus é testemunha;
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Cada um fala com falsidade ao seu próximo; falam
com lábios lisonjeiros e coração dobrado.
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Que não faça eu acepção de pessoas, nem use de
palavras lisonjeiras com o homem!
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Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus
Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os
corações dos simples.
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Porque não sei usar de lisonjas; em breve me
levaria o meu Criador.
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Assim, o seduziu com palavras muito suaves e o
persuadiu com as lisonjas dos seus lábios.
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Comer mel demais não é bom; assim, a busca da
própria glória não é glória.
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Nós membros de igrejas
falamos bastante de humildade, sinceridade, pureza, mas agimos muitas vezes
norteados por interesses pessoais.
Nossa vaidade exige um
reconhecimento tão veemente, para nossa própria satisfação pessoal, para nossa
glória, que nos leva inclusive a não admitirmos compartilhar os frutos de um
trabalho, mesmo com quem declaramos amor.
É triste reconhecermos a
pseudo esperteza de alguns em colocações cheias de malícia, como num jogo de
xadrez, onde se tenta antevê as ações e manipular seu interlocutor, pensando a
frente em seus próprios interesses.
Não dá para não lembrar
de outros tantos textos que falam de nossa soberba, mas cito apenas tres:
Por isso a soberba os cerca como um colar;
vestem-se de violência como de adorno. Salmos
73:6
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Em vindo a soberba, virá também a afronta; mas com
os humildes está a sabedoria. Provérbios
11:2
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Da soberba só provém a contenda, mas com os que se
aconselham se acha a sabedoria. Provérbios
13:10
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Quero o direito de dizer
que não PRECISO DE MAIS AMIGOS, pelo menos não dos lisonjeiros.
Preciso de irmãos, que
digam exatamente o que pensam, o que querem. Não para me agradar, nem tampouco,
achando que por palavras elogiosas compram a minha opinião, o meu pensar, mas
daqueles que me digam a verdade, sejam sinceros, puros em seus intentos.
Irmãos cujo as palavras
sejam sempre SIM ou NÃO, mas que sejam expressão daquilo que realmente sentem e
pensam.
Eu, confesso, em muitos
momentos tenho me sentido como o PREGADOR em Eclesiastes, cansado, ao perceber
que tudo é vaidade debaixo do sol.
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