Ontem faleceu um ícone do mundo tecnológico, Steve Jobs. O cara que é endeusado por boa parte do mundo fanático por tecnologia, admirado por outros tantos, reverenciado por mais alguns e até mesmo odiado por outros. Mas inegavelmente o cara foi um sucesso. E pessoalmente vejo nele algumas qualidades e outros defeitos, aliás como a maioria da humanidade.
Mas não quero falar de Jobs ou de tecnologia, quero falar da nossa medida de sucesso.
O que é para voce, para mim, para nós membros de nossas igrejas o sucesso? O que nos prova que a igreja está sendo bem sucedida?
Recentemente perguntei sobre o andamento de um trabalho na igreja. Perguntei - Foi tudo bem? Meu interlocutor respondeu animadamente - Foi muito bom, a igreja estava cheia.
Digo logo que o que vou comentar não é exclusividade desse meu interlocutor. De fato é quase genérico esse sentimento de que igreja cheia é a igreja que está bem.
Quais os parâmetros que usamos para detectar a saúde espiritual de uma igreja. Podem ser acrescentados mais alguns, mais certamente os mais valorizados são:
1. Frequência dos cultos;
2. Volume de dízimos e ofertas;
3. Animação do momento de louvor;
Parâmetros esses certamente que influenciados pela nossa importação sem crítica de valores da cultura norte-americana.
E se formos buscar na Bíblia quais são esses parâmetros? São esses mesmo listados acima?
Acho que não.
Vamos pensar um pouco. O que é a igreja senão o ajuntamento de crentes em Cristo. Voce concorda com essa visão? Se não concorda, creio que está na hora de voce rever seus conceitos. Mas se concorda, extrapolemos para o seguinte. O sucesso espiritual da igreja tem a ver com o sucesso espiritual de seus componentes, certo? É uma lógica até muito fácil.
Posto isto, o sucesso do crente é estar em comunhão com Deus e que por sua vez significa estar cheio do Espírito Santo de Deus. Estão acompanhando?
E agora, BINGO!!!!
Vamos a Palavra de Deus em Gálatas 5:22
"Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. "
Espera aí. Nada sobre animação? Nada sobre dinheiro? Nada sobre número de pessoas?
Certamente alguns dirão - Ah! Mas se tudo isso existe certamente o trabalho crescerá. Não tenho certeza, mas acho que essa afirmação tem a ver com uma visão equivocada das colocações bíblicas de que colheremos o fruto do nosso trabalho. Não enxergo por aí sinceramente, até porque o resultado da conversão, não é fruto de nosso trabalho e sim da ação do Espírito. Por outro lado se nós somos fruto da videira, e o exemplo de nossa saúde espiritual é termos as qualidades acima, é fácil mais uma vez deduzir que nossa frutificação representará cada vez mais o reconhecimento destas virtudes nos nossos relacionamentos afetando assim os que nos cercam.
Sinto ao meu redor muita preocupação com o número de membros de nossas igrejas, pessoalmente me preocupo pouco ou quase nada com isso, a mim me preocupa muito mais quão sadios estão os nossos relacionamentos, com quanto amor, bondade e paciência trato os que se relacionam comigo. Quanta tranquilidade e paz trasmito nas minhas ações. O quanto me regozijo pelo que Deus tem me dado. independente do "tamanho" das bençãos e/ou livramentos. Me preocupa ter cuidado no quanto realmente vivo na dependência e esperança em meu Deus.
Não me incomoda se na minha igreja o culto está cheio ou não, se as pessoas cantam de forma mais animada ou não, mas sim me incomoda e move muito pensar no que posso fazer para que todos se amem, vivam em paz, sejam mais pacientes, bondosos, mansos entre si, e que esse relacionamento todo seja verdadeiro baseado na rica e preciosa confiança e esperança pelo sacrifício de Cristo Jesus Nosso Senhor.
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