
Começando por explicar o título, diria que ele se assemelha a uma pergunta retórica, aquela para a qual não é necessária resposta. Cristianismo e ética tem que andar lado a lado, se considerarmos que cristianismo verdadeiro implica em integridade, não há nenhum espaço para vivermos numa ética relativa.
Política também existe dentro da igreja, e a despeito da pecha depreciativa que a palavra ganhou em função dos hábitos e práticas brasileiras, a ação política não é em si má. O problema é quando levamos nossas ações anti-éticas para balizar nossas ações políticas.
Tenho vivido a oito anos na vida conciliar na minha igreja e no Presbitério de Petrolina, ao qual está vinculada a minha igreja.
Sempre fui arredio a vida conciliar considerando o que muitas vezes presenciei, mas embarquei nessa a pedido de pastores amigos que queriam minha ajuda na montagem de algo novo. Nunca fui de fazer campanha, mas também nunca fui de me negar a atender um chamado.
Mas tem sido cada vez mais difícil encarar essa vida quando vejo jogos sujos que são realizados de forma a se ocultar debaixo de subterfúgios. Ouvir mentiras sobre si, ou sobre palavras que voce não proferiu é sempre duro. Não poder contar com a ética e discrição dos conciliares sobre os assuntos tratados é ainda pior.
Me entristece ver situações em que homens entendem como um status maior ser levado a um cargo, agindo da mesma forma que nossa política mundana e condenável, comprando votos, visitando os "eleitores", oferecendo barganhas.
De certo não tenho mais idade para ser ingênuo e achar que isso não acontece, mas ao mesmo tempo quero manter uma pureza de pensamento em acreditar que isso não deveria acontecer.
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